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23/11/2005
-
18h56
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio de Janeiro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que em breve o país falará em exportações da ordem de US$ 150 bilhões. Lula participou da abertura do 25º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex).
Lula não esclareceu quando este novo patamar poderia ser atingido. Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan, a afirmação deve se referir ao próximo governo.
Segundo Furlan, as exportações brasileiras possivelmente irão ultrapassar a meta de US$117 bilhões este ano, mas dificilmente superarão a marca dos US$ 120 bilhões no período.
Para o presidente, a receita de sucesso do comércio exterior está baseada no aumento das exportações e também das importações. "A política de comércio exterior para o Brasil deixou de ser um campeonato de surf para ser uma política pública do governo", disse. Ele lembrou que em 2002, o país obteve superávit comercial de US$ 13 bilhões em razão da redução das importações em US$ 11 bilhões.
Em 2005, as importações já bateram a marca dos US$ 74 bilhões, com destaque para a compra de bens de capital (máquinas e equipamentos). "Isso significa que as nossas empresas estão apostando que o amanhã será muito melhor do que o hoje. Estamos apostando, estou otimista e logo logo estaremos falando em US$ 150 bilhões de exportações", disse Lula.
O presidente destacou que o país aumentou não só as exportações de produtos, como também de bens e serviços. Ele citou como exemplo a construção do metrô em Caracas. "A América do Sul é um mercado extraordinário para o Brasil, que não pode ser deixado de lado", disse.
Segundo o diretor do departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, o patamar de US$ 150 bilhões é difícil de ser alcançado. "Chegar aos US$ 150 bilhões vai depender do mercado internacional e da conjuntura interna", disse. A obtenção dessa nova marca, segundo Fonseca, depende de uma taxa de câmbio mais favorável e de avanços nas compensações tributárias.
Furlan comentou o desempenho das exportações e afirmou que, além do período favorável da economia mundial, há um crescimento real do comércio exterior brasileiro.
"É verdade que o Brasil passa por uma boa fase, mas cresce duas vezes mais do que a média das exportações mundiais. (...) Para ser campeão, precisa ser muito bom, mas a sorte também ajuda", disse.
Reivindicações
O presidente da AEB, Benedicto Fonseca Moreira, elogiou a maior atenção do governo ao comércio exterior com a previsão de crescimento de 90% das exportações em quatro anos de governo. Apesar disso, ele criticou a taxa de câmbio desfavorável aos exportadores, o conflito tributário e as deficiências na infra-estrutura de transportes como entraves ao desenvolvimento do comércio exterior.
Para a AEB, a solução para a valorização do real não passa pelo abandono do sistema de câmbio flutuante e sim pela modernização da legislação cambial.
O presidente Lula reconheceu que a legislação está defasada. "Precisamos adequar o Brasil ao século 21", disse.
A Fiesp vai apresentar na sexta-feira uma proposta de projeto de lei de mudança da legislação cambial ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao presidente do Senado, Renan Calheiros e ao presidente da Câmara, Aldo Rebello. O estudo foi encomendado à Funcex e ao especialista Emílio Garofalo.
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da Folha Online, no Rio de Janeiro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que em breve o país falará em exportações da ordem de US$ 150 bilhões. Lula participou da abertura do 25º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex).
Lula não esclareceu quando este novo patamar poderia ser atingido. Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan, a afirmação deve se referir ao próximo governo.
Segundo Furlan, as exportações brasileiras possivelmente irão ultrapassar a meta de US$117 bilhões este ano, mas dificilmente superarão a marca dos US$ 120 bilhões no período.
Para o presidente, a receita de sucesso do comércio exterior está baseada no aumento das exportações e também das importações. "A política de comércio exterior para o Brasil deixou de ser um campeonato de surf para ser uma política pública do governo", disse. Ele lembrou que em 2002, o país obteve superávit comercial de US$ 13 bilhões em razão da redução das importações em US$ 11 bilhões.
Em 2005, as importações já bateram a marca dos US$ 74 bilhões, com destaque para a compra de bens de capital (máquinas e equipamentos). "Isso significa que as nossas empresas estão apostando que o amanhã será muito melhor do que o hoje. Estamos apostando, estou otimista e logo logo estaremos falando em US$ 150 bilhões de exportações", disse Lula.
O presidente destacou que o país aumentou não só as exportações de produtos, como também de bens e serviços. Ele citou como exemplo a construção do metrô em Caracas. "A América do Sul é um mercado extraordinário para o Brasil, que não pode ser deixado de lado", disse.
Segundo o diretor do departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, o patamar de US$ 150 bilhões é difícil de ser alcançado. "Chegar aos US$ 150 bilhões vai depender do mercado internacional e da conjuntura interna", disse. A obtenção dessa nova marca, segundo Fonseca, depende de uma taxa de câmbio mais favorável e de avanços nas compensações tributárias.
Furlan comentou o desempenho das exportações e afirmou que, além do período favorável da economia mundial, há um crescimento real do comércio exterior brasileiro.
"É verdade que o Brasil passa por uma boa fase, mas cresce duas vezes mais do que a média das exportações mundiais. (...) Para ser campeão, precisa ser muito bom, mas a sorte também ajuda", disse.
Reivindicações
O presidente da AEB, Benedicto Fonseca Moreira, elogiou a maior atenção do governo ao comércio exterior com a previsão de crescimento de 90% das exportações em quatro anos de governo. Apesar disso, ele criticou a taxa de câmbio desfavorável aos exportadores, o conflito tributário e as deficiências na infra-estrutura de transportes como entraves ao desenvolvimento do comércio exterior.
Para a AEB, a solução para a valorização do real não passa pelo abandono do sistema de câmbio flutuante e sim pela modernização da legislação cambial.
O presidente Lula reconheceu que a legislação está defasada. "Precisamos adequar o Brasil ao século 21", disse.
A Fiesp vai apresentar na sexta-feira uma proposta de projeto de lei de mudança da legislação cambial ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao presidente do Senado, Renan Calheiros e ao presidente da Câmara, Aldo Rebello. O estudo foi encomendado à Funcex e ao especialista Emílio Garofalo.
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