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25/11/2005
-
13h56
da Folha Online
O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), disse nesta sexta-feira que a crise no país está deixando de ser política e se estabelecendo entre os Poderes.
A declaração do senador foi uma resposta à interferência do STF (Supremo Tribunal Federal) no processo de cassação movido pelo Conselho de Ética da Câmara contra o deputado José Dirceu (PT-SP).
Delcídio citou ainda a concessão de liminares pelo Supremo, favorecendo corretoras e fundos de pensão que tiveram a abertura de sigilos bancário e fiscal aprovada pela CPI.
"Respeito a decisão do STF, mas está na hora de conversar. As coisas estão chegando a uma situação quase que insustentável. Estamos saindo de uma crise política e começando a entrar em uma crise entre os Poderes, o que eu acho muito complicado e muito ruim para o Brasil."
Na última quarta-feira, a votação da análise do pedido de liminar em mandado de segurança impetrado pelo deputado José Dirceu foi interrompida no STF com empate. O parlamentar aponta irregularidades no processo de sua cassação.
A sessão para que o ministro Sepúlveda Pertence --o único que ainda não votou-- profira seu voto está marcada para a próxima quarta-feira, mesmo dia estabelecido para o julgamento de Dirceu no plenário da Câmara.
Delcídio demonstrou preocupação com as conseqüências que a interferência do Judiciário nas decisões do Parlamento pode gerar, já que a oposição ameaçou até obstruir a votação do Orçamento para o próximo ano.
"Vamos chegando ao final do ano e estamos sendo ultrapassados. Estamos a reboque dessa crise e, agora pior, estamos a reboque de uma crise entre Poderes, que é uma coisa muito complicada", afirmou.
Relatório
Delcídio também reforçou sua idéia de que os parlamentares precisam fazer "a lição de casa", para conseguir chegar a um acordo e votar o relatório parcial elaborado pelo sub-relator de movimentações financeiras, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR).
A base governista exigiu a inclusão dos dados sobre a utilização de caixa dois na campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao governo do Estado em 1998.
O sub-relator deve incluir todas as informações sobre campanhas que utilizaram dinheiro não-contabilizado obtidas por meio do depoimento de tesoureiros regionais.
O presidente da CPI defendeu que não se produzam mais relatórios parciais e afirmou que os sub-relatores vão trabalhar em conjunto com o relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
"À medida que as conclusões vêm chegando, os sub-relatores vão continuar desenvolvendo suas atividades, mas é preciso uma centralização maior, uma discussão prévia, especialmente com o relator, para conduzir as coisas dentro do maior equilíbrio possível, que é o que tem pautado o posicionamento da CPI", afirmou Delcídio.
Com Agência Senado
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O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), disse nesta sexta-feira que a crise no país está deixando de ser política e se estabelecendo entre os Poderes.
A declaração do senador foi uma resposta à interferência do STF (Supremo Tribunal Federal) no processo de cassação movido pelo Conselho de Ética da Câmara contra o deputado José Dirceu (PT-SP).
Delcídio citou ainda a concessão de liminares pelo Supremo, favorecendo corretoras e fundos de pensão que tiveram a abertura de sigilos bancário e fiscal aprovada pela CPI.
"Respeito a decisão do STF, mas está na hora de conversar. As coisas estão chegando a uma situação quase que insustentável. Estamos saindo de uma crise política e começando a entrar em uma crise entre os Poderes, o que eu acho muito complicado e muito ruim para o Brasil."
Na última quarta-feira, a votação da análise do pedido de liminar em mandado de segurança impetrado pelo deputado José Dirceu foi interrompida no STF com empate. O parlamentar aponta irregularidades no processo de sua cassação.
A sessão para que o ministro Sepúlveda Pertence --o único que ainda não votou-- profira seu voto está marcada para a próxima quarta-feira, mesmo dia estabelecido para o julgamento de Dirceu no plenário da Câmara.
Delcídio demonstrou preocupação com as conseqüências que a interferência do Judiciário nas decisões do Parlamento pode gerar, já que a oposição ameaçou até obstruir a votação do Orçamento para o próximo ano.
"Vamos chegando ao final do ano e estamos sendo ultrapassados. Estamos a reboque dessa crise e, agora pior, estamos a reboque de uma crise entre Poderes, que é uma coisa muito complicada", afirmou.
Relatório
Delcídio também reforçou sua idéia de que os parlamentares precisam fazer "a lição de casa", para conseguir chegar a um acordo e votar o relatório parcial elaborado pelo sub-relator de movimentações financeiras, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR).
A base governista exigiu a inclusão dos dados sobre a utilização de caixa dois na campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao governo do Estado em 1998.
O sub-relator deve incluir todas as informações sobre campanhas que utilizaram dinheiro não-contabilizado obtidas por meio do depoimento de tesoureiros regionais.
O presidente da CPI defendeu que não se produzam mais relatórios parciais e afirmou que os sub-relatores vão trabalhar em conjunto com o relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
"À medida que as conclusões vêm chegando, os sub-relatores vão continuar desenvolvendo suas atividades, mas é preciso uma centralização maior, uma discussão prévia, especialmente com o relator, para conduzir as coisas dentro do maior equilíbrio possível, que é o que tem pautado o posicionamento da CPI", afirmou Delcídio.
Com Agência Senado
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