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29/11/2005
-
21h45
da Agência Folha
O sem-terra Jaelson Melquíades dos Santos, 25, uma das principais lideranças do MST em Atalaia (44 km de Maceió), foi morto hoje com pelo menos um tiro na cabeça na estrada de acesso ao assentamento Timbozinho, onde morava com a mãe e a mulher.
O delegado Gilson Rêgo Sousa, que instaurou inquérito sobre o assassinato, disse que moradores do assentamento ouviram tiros e correram para a estrada. Santos foi encontrado caído ao lado da moto que dirigia.
Testemunhas disseram que viram dois homens em uma outra moto deixar o local. Eles usavam capacetes.
O crime aconteceu por volta das 12h (13h no horário de Brasília). Até o final da tarde, o Instituto de Criminalística ainda não havia concluído a perícia no local e o corpo não havia sido transferido ao IML (Instituto Médico Legal) em Maceió.
Segundo o delegado, a disputa de terras entre o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e fazendeiros da região é uma das linhas de investigação sobre o crime.
"Temos três linhas de investigação, mas não podemos adiantar muito sobre elas. A disputa de terras --não entre os movimentos, mas com fazendeiros da região --é uma delas", disse o delegado.
Hoje, as primeiras testemunhas no inquérito começarão a ser ouvidas.
Para a direção estadual do MST, o crime foi uma reação dos fazendeiros da região contra o movimento.
"Vieram para executar. Tudo leva a suspeitar que foi um crime de latifundiários. Esperamos que o Estado não deixe este crime impune", disse José Carlos Silva, coordenador estadual do movimento, que esteve no local.
O advogado Daniel Nunes, que representa integrantes do MST em questões judiciais, disse que Santos era citado por fazendeiros da região em ações contra o movimento.
De acordo com a Superintendência do Incra em Alagoas, a área onde o agricultor foi assassinado não era ainda um assentamento e estaria em processo de desapropriação. O Incra confirma que a área é um dos focos de conflito agrário no Estado.
A área pertencia à Usina Ouricuri, em Atalaia, que decretou falência na década de 80. Desde então, as terras passaram a ser reivindicada por movimentos sociais, ex-empregados da usina, posseiros e fazendeiros que afirmam ter comprado parte da propriedade da massa falida.
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O delegado Gilson Rêgo Sousa, que instaurou inquérito sobre o assassinato, disse que moradores do assentamento ouviram tiros e correram para a estrada. Santos foi encontrado caído ao lado da moto que dirigia.
Testemunhas disseram que viram dois homens em uma outra moto deixar o local. Eles usavam capacetes.
O crime aconteceu por volta das 12h (13h no horário de Brasília). Até o final da tarde, o Instituto de Criminalística ainda não havia concluído a perícia no local e o corpo não havia sido transferido ao IML (Instituto Médico Legal) em Maceió.
Segundo o delegado, a disputa de terras entre o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e fazendeiros da região é uma das linhas de investigação sobre o crime.
"Temos três linhas de investigação, mas não podemos adiantar muito sobre elas. A disputa de terras --não entre os movimentos, mas com fazendeiros da região --é uma delas", disse o delegado.
Hoje, as primeiras testemunhas no inquérito começarão a ser ouvidas.
Para a direção estadual do MST, o crime foi uma reação dos fazendeiros da região contra o movimento.
"Vieram para executar. Tudo leva a suspeitar que foi um crime de latifundiários. Esperamos que o Estado não deixe este crime impune", disse José Carlos Silva, coordenador estadual do movimento, que esteve no local.
O advogado Daniel Nunes, que representa integrantes do MST em questões judiciais, disse que Santos era citado por fazendeiros da região em ações contra o movimento.
De acordo com a Superintendência do Incra em Alagoas, a área onde o agricultor foi assassinado não era ainda um assentamento e estaria em processo de desapropriação. O Incra confirma que a área é um dos focos de conflito agrário no Estado.
A área pertencia à Usina Ouricuri, em Atalaia, que decretou falência na década de 80. Desde então, as terras passaram a ser reivindicada por movimentos sociais, ex-empregados da usina, posseiros e fazendeiros que afirmam ter comprado parte da propriedade da massa falida.
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