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07/12/2005 - 10h15

Ainda não disse a ninguém que sou candidato à reeleição, diz Lula

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira, durante entrevista a três redes nacionais de rádio, que ainda não disse a ninguém se será ou não candidato à reeleição em 2006 e lembrou que votou contra a reeleição na Constituinte. "Ainda não disse a ninguém que sou candidato à reeleição."

Ele reafirmou que não vai pautar o último ano de seu governo pela disputa eleitoral e ressaltou que tem um ano de mandato pela frente e que o país vai crescer, diminuir a taxa tributária e gerar mais empregos em 2006.

O presidente mostrou otimismo com o futuro do país e, apesar de reconhecer que o crescimento econômico ficou abaixo das expectativas, disse que prefere uma taxa de crescimento menor, mas mantida a longo prazo, do que uma taxa de crescimento elevada que não se sustente no decorrer dos anos.

"Não quero mágica. As pressões da sociedade são legítimas, mas eu não quero mágica. Precisamos de um ponto de equilíbrio para governar o país. Não permitir que uma crítica apesar de justa e correta derrube um ministro."

Sobre as críticas, o presidente afirmou que não existe o chamado "fogo amigo". "Não existe isto de fogo amigo. Um dia que você tomar uma queimada, você vai ver que não tem fogo amigo. Mesmo que for sua esposa que te queime, você vai sentir dor", disse o presidente.

Lula negou que seu governo esteja dividido em relação à política econômica. "Não está dividido porque não tem duas políticas econômicas, não está dividido porque não tem dois comandos, não está dividido porque nós aceitamos a democracia como um fator importante para o debate."

Orçamento 2006

Indagado sobre as relações do governo com o Congresso, Lula afirmou não ter do que se queixar. O presidente afirmou que não discutiu ainda com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a possibilidade de uma convocação extraordinária para o início do ano que vem e lembrou que é importante a sociedade saber que depende do Congresso a aprovação do Orçamento de 2006.

"É importante a sociedade saber que o Congresso Nacional tem que votar o Orçamento, porque se não votar o Orçamento, quem vai ser prejudicado? É o presidente da República? É o ministro lá? Não, quem vai ser prejudicado vai ser os 187 milhões de brasileiros. Vai ser prejudicada a população brasileira, porque aí você não vai poder fazer os investimentos que precisam ser feitos. Então o Orçamento será aprovado. Como eu espero que sejam aprovadas as outras leis", disse Lula.

O presidente disse esperar que o Orçamento seja votado até o dia 31 de dezembro sem atraso e sem a necessidade de convocação extraordinária. Lula demonstrou preocupação com o esvaziamento do Legislativo no final do ano, o que permite que um único deputado manipule a votação do Orçamento.

"Se tiver algum irresponsável que não quer aprovar, ele que diga que não quer aprovar, diga para a opinião pública que não quer aprovar. Porque o país precisa do Orçamento."

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