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16/12/2005 - 12h31

Autor das bengaladas aponta mais uma "mentira do poder"

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da Agência Folha, em Curitiba

Autor de pelo menos dois livros infanto-juvenis, um deles bancado com incentivos da Lei Rouanet, em 2002, ator de pontas em filmes, como "O Paraíso das Solteironas", com Mazzaropi, 36 anos atrás, Yves Hublet continua experimentando agora uma fama que não conheceu propriamente com o trabalho.

Ele disse "acreditar" que votou em Alvaro Dias na última eleição para o governo do Paraná, em 2002. "Mas nunca o vi a menos de dois metros de distância."

A repercussão ainda presente faz o agressor de José Dirceu no corredor do Congresso pouco se importar com o replicar de uma mensagem que o acusa de ter sido pago para encenar as bengaladas. "Não paro de receber e-mail de gente me apoiando", disse ele, numa entrevista ao telefone.

"Uma mentira essencialmente burra" é como ele diz definir a mensagem que se propaga. "Uma mentira plantada com sentido de me desmoralizar. De enfear um ato até bonito [o desferir de ao menos duas bengaladas no deputado que seria cassado no dia seguinte]. Essa é a parte feia do meu gesto, mas vindo de quem vem [aliados de Dirceu e integrantes do PT] é só isso que se espera."

O escritor disse que foi morar em Brasília por desencanto das autoridades do Estado que reafirma o que disse em entrevistas do dia seguinte à agressão de 29 de novembro.

Percorria gabinetes quando decidiu seguir um movimento de repórteres e se posicionar para deixar uma autoridade passar. Quando viu que se tratava de Dirceu, foi levado por um ímpeto e usou a bengala em que se apóia desde os 20 anos, devido a um acidente de trânsito.

Não é de hoje que o personagem desperta polêmica. Ele já foi carapintada que engrossou passeatas pró-impeachment de Fernando Collor, em 1992.

Antes disso, processou e ganhou uma causa contra o novelista e escritor Dias Gomes, por plágio de textos do seriado que que a Rede Globo exibiu após o sucesso da novela "O Bem-Amado". Hublet dirigiu parte do seriado da Globo, antes de entrar em conflito com o autor.

Hublet é casado com Márcia Oliveira, funcionária aposentada do Banco Central, hoje dona de uma pequena editora em Brasília. Também é contratada para preparar projetos candidatos a incentivos fiscais na área de cultura.

Um amigo em Curitiba diz que agressor de Dirceu é dado a destemperos, mas que até então só o viu bater a bengala na mesa, no calor de reuniões profissionais, nunca em alguém. No Congresso, estava à procura de patrocínio a um projeto multimídia sobre a vida de Santos Dumont.

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