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16/12/2005
-
16h58
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O caso da suposta boca-de-urna ocorrido durante a votação do processo de cassação do mandato do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) só começará a ser investigado pela Corregedoria da Câmara a partir da próxima terça-feira. A informação é da assessoria da Mesa Diretora da Casa.
O deputado Mauro Passos (PT-SC) ingressou ontem com uma representação contra o deputado Osvaldo Biolchi (PMDB-RS), acusado de ter feito boca-de-urna a favor da absolvição de Queiroz durante a votação secreta do processo.
"A boca-de-urna foi verdadeira. Eu testemunhei. Eu vi o deputado Biolchi entregando a cédula com o não para o deputado Mauro Passos. Já me prontifiquei a ser testemunha da representação dele junto à Corregedoria", afirmou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
Alencar foi o primeiro deputado a denunciar a boca-de-urna, ainda na noite de quarta-feira, mas sem citar os nomes dos deputados envolvidos no caso naquele momento.
O deputado não quis adiantar qual pena ele acha que deveria ser aplicada caso a denúncia for comprovada, mas disse esperar que a Corregedoria trabalhe com a severidade. "Foi um clima de verdadeiro oba-oba no plenário na hora da votação. Os deputados que se manifestaram a favor da cassação chegaram a ser molestados pelos seus companheiros que não queriam deixa-los falar. Uma verdadeira falta de respeito", avaliou Alencar.
Representação
Em sua representação Passos acusa Biolchi de quebra do decoro parlamentar. "Biolchi estava com um conjunto de votos prontos na mão distribuindo para os deputados e inclusive me entregou um. Era um voto pelo não, portanto contrário ao relatório do Conselho de Ética e favorável ao deputado Romeu Queiroz", afirmou.
Em sua defesa, Biolchi afirma que pegou por engano dois votos oficiais na cabine de votação e que na saída deixou um destes votos cair no chão.
Ele nega que tenha feito boca-de-urna e que tenha entregue um voto oficial preenchido a um colega parlamentar.
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Corregedoria investigará denúncia de boca-de-urna na Câmara
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da Folha Online, em Brasília
O caso da suposta boca-de-urna ocorrido durante a votação do processo de cassação do mandato do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) só começará a ser investigado pela Corregedoria da Câmara a partir da próxima terça-feira. A informação é da assessoria da Mesa Diretora da Casa.
O deputado Mauro Passos (PT-SC) ingressou ontem com uma representação contra o deputado Osvaldo Biolchi (PMDB-RS), acusado de ter feito boca-de-urna a favor da absolvição de Queiroz durante a votação secreta do processo.
"A boca-de-urna foi verdadeira. Eu testemunhei. Eu vi o deputado Biolchi entregando a cédula com o não para o deputado Mauro Passos. Já me prontifiquei a ser testemunha da representação dele junto à Corregedoria", afirmou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
Alencar foi o primeiro deputado a denunciar a boca-de-urna, ainda na noite de quarta-feira, mas sem citar os nomes dos deputados envolvidos no caso naquele momento.
O deputado não quis adiantar qual pena ele acha que deveria ser aplicada caso a denúncia for comprovada, mas disse esperar que a Corregedoria trabalhe com a severidade. "Foi um clima de verdadeiro oba-oba no plenário na hora da votação. Os deputados que se manifestaram a favor da cassação chegaram a ser molestados pelos seus companheiros que não queriam deixa-los falar. Uma verdadeira falta de respeito", avaliou Alencar.
Representação
Em sua representação Passos acusa Biolchi de quebra do decoro parlamentar. "Biolchi estava com um conjunto de votos prontos na mão distribuindo para os deputados e inclusive me entregou um. Era um voto pelo não, portanto contrário ao relatório do Conselho de Ética e favorável ao deputado Romeu Queiroz", afirmou.
Em sua defesa, Biolchi afirma que pegou por engano dois votos oficiais na cabine de votação e que na saída deixou um destes votos cair no chão.
Ele nega que tenha feito boca-de-urna e que tenha entregue um voto oficial preenchido a um colega parlamentar.
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