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17/01/2006
-
17h33
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
A votação do processo de cassação do deputado Wanderval Santos (PL-SP) no Conselho de Ética foi adiada. Isso porque após a recomendação de cassação do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), relator do caso, o deputado José Carlos Araújo (PL-BA) pediu vista do processo por duas sessões plenárias. Araújo argumentou que teria dificuldades em se decidir caso fosse votar.
Antes do pedido de vistas, Alencar apresentou seu voto afirmando que as justificativas de Wanderval não eram suficientes.
Wanderval, que teve processo aberto no Conselho de Ética, é acusado de ser destinatário de R$ 150 mil do "valerioduto". O dinheiro foi sacado por um funcionário do seu gabinete das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza no Banco Rural.
O argumento do deputado é que os recursos foram sacados a mando de Carlos Rodrigues (PL-RJ), que renunciou ao mandato de deputado federal. Hoje, durante a sessão, Wanderval chorou e alegou inocência.
Dois pontos sustentam o relatório de Chico Alencar pela cassação: a total responsabilidade de Wanderval pelas ações dos seus assessores e o fato de ele admitir ter submetido seu mandato a outro deputado --no caso, Carlos Rodrigues.
"O representado enfim, alienou o seu mandato. Usando um termo em voga, terceirizou-o. Eleito deputado, o mandato não lhe pertencia, mas ao ex-bispo Rodrigues, esse mesmo que foi seu [de Wanderval] cotista em empreendimentos radiofônicos em vários Estado do país", disse Alencar, em seu voto.
"Declarações como as que fez o representado [Wanderval] de que, no exercício do mandato, submetia-se completamente a ordens dadas pelo 'coordenador político da igreja [Universal]' porque 'tinha medo de uma punição radical', ou de que o mandato não era seu, mas 'da igreja [Universal]' ou ainda de que, se lhe fosse ordenado pelos superiores hierárquicos da igreja, 'não teria nem que perguntar por que deveria sair de um partido e se filiar a outro', como de fato aconteceu ao se transferir do PTB para o PL por 'ordem' do então deputado bispo Rodrigues, 'que o indicou para ser parlamentar', são exemplos claros de um comportamento ofensivo à moral republicana, desrespeitoso e inadequado à investidura de representante da soberania popular", continuou Alencar.
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Chico Alencar recomenda no Conselho de Ética cassação de Wanderval
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Pedido de vista adia votação de cassação de Wanderval Santos
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da Folha Online, em Brasília
A votação do processo de cassação do deputado Wanderval Santos (PL-SP) no Conselho de Ética foi adiada. Isso porque após a recomendação de cassação do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), relator do caso, o deputado José Carlos Araújo (PL-BA) pediu vista do processo por duas sessões plenárias. Araújo argumentou que teria dificuldades em se decidir caso fosse votar.
Antes do pedido de vistas, Alencar apresentou seu voto afirmando que as justificativas de Wanderval não eram suficientes.
Wanderval, que teve processo aberto no Conselho de Ética, é acusado de ser destinatário de R$ 150 mil do "valerioduto". O dinheiro foi sacado por um funcionário do seu gabinete das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza no Banco Rural.
O argumento do deputado é que os recursos foram sacados a mando de Carlos Rodrigues (PL-RJ), que renunciou ao mandato de deputado federal. Hoje, durante a sessão, Wanderval chorou e alegou inocência.
Dois pontos sustentam o relatório de Chico Alencar pela cassação: a total responsabilidade de Wanderval pelas ações dos seus assessores e o fato de ele admitir ter submetido seu mandato a outro deputado --no caso, Carlos Rodrigues.
"O representado enfim, alienou o seu mandato. Usando um termo em voga, terceirizou-o. Eleito deputado, o mandato não lhe pertencia, mas ao ex-bispo Rodrigues, esse mesmo que foi seu [de Wanderval] cotista em empreendimentos radiofônicos em vários Estado do país", disse Alencar, em seu voto.
"Declarações como as que fez o representado [Wanderval] de que, no exercício do mandato, submetia-se completamente a ordens dadas pelo 'coordenador político da igreja [Universal]' porque 'tinha medo de uma punição radical', ou de que o mandato não era seu, mas 'da igreja [Universal]' ou ainda de que, se lhe fosse ordenado pelos superiores hierárquicos da igreja, 'não teria nem que perguntar por que deveria sair de um partido e se filiar a outro', como de fato aconteceu ao se transferir do PTB para o PL por 'ordem' do então deputado bispo Rodrigues, 'que o indicou para ser parlamentar', são exemplos claros de um comportamento ofensivo à moral republicana, desrespeitoso e inadequado à investidura de representante da soberania popular", continuou Alencar.
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