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26/01/2006 - 18h03

Palocci tenta manter a calma, mas demonstra descontentamento

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O ministro Antonio Palocci (Fazenda) chegou ao plenário da CPI dos Bingos às 10h09, acompanhado de toda a equipe do ministério da Fazenda, do ministro Jaques Wagner (Relações Institucionais), do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), e do senador José Sarney (PMDB-AP).

A presença de Palocci encerraria uma seqüência de semanas em que governo e oposição se confrontavam na comissão ao tratar da convocação do ministro. Esse tempo de atraso, na avaliação de governistas, permitiu que Palocci se preparasse para o depoimento desta quinta-feira, provavelmente o único a ser prestado por ele.

A favor de Palocci estava o tempo exíguo para seu depoimento. O ministro havia acertado que teria de voltar ao ministério às 14h30 para a reunião do Conselho Monetário Nacional. Porém, desde as primeiras perguntas, Palocci demonstrou o descontentamento em depor.

"Ele sabe que para ele o momento é decisivo", afirmou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).

Habitualmente calmo, o ministro manteve a tradição na maior parte das seis horas de depoimento, mas, em alguns momentos, deu sinais de irritação com alguns senadores, a começar pelo pefelista José Jorge (PE), passando pelo senador Demóstenes Torres (PFL-GO) e José Agripino (PFL-RN).

Diante da pergunta mais incisiva, feita pela senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), que disse acreditar que Palocci mentia desde o início da sessão, o ministro pediu a interrupção do depoimento e seguiu, por cinco minutos, a uma sala reservada.

"Ele vem de forma tranqüila e firme, mas é um tom um tantinho acima do corriqueiro, o que demonstra a indignação do ministro estar aqui", afirmou a senadora Ideli Salvatti (PT-SC).

Apesar disso, o depoimento correu sem problemas ou confrontos, à exceção dos últimos minutos. Último inscrito a falar, o líder do governo fez declarações sobre a postura da oposição que irritaram o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio (AM). No entanto, não havia mais tempo para novas indagações. Palocci já juntava seus papéis para deixar a CPI. Para evitar a imprensa, que se acotovelava à porta da comissão, Palocci deixou o Congresso pela garagem.

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