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02/02/2006
-
16h14
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O sócio da corretora Guaranhuns José Carlos Batista negou-se a responder praticamente todas as perguntas feitas pelos integrantes da CPI dos Correios nesta quinta-feira.
Indiciado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro, crime contra o sistema financeiro e sonegação fiscal e investigado pela Receita Federal, a resposta padrão de Batista foi "vou me reservar ao direito de ficar calado". Nem mesmo respondeu se conhecia o outro sócio da Guaranhuns, Lúcio Bolonha Funaro.
O sub-relator de fundos de pensão da CPI, Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), chegou a suspender a sessão para estudar se era possível adotar alguma medida contra o depoente, mas chegou à conclusão que nada poderia fazer.
Nas poucas respostas que deu, reafirmou que recebeu recursos do empresário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza e repassou a parlamentares do PL. Ele disse não se recordar se havia passado recursos para outros partidos.
Batista disse, a exemplo do sócio da corretora Laeta, Cezar Sassoun, sentir-se perseguido pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e pela BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuro).
E contestou os dados do sigilo bancário que mostram um lucro de R$ 7 milhões em operações de mercado entre os anos de 2000 e 2005. "Eu acho que esse número é absurdo. Eu me sinto perseguido pela BMF e CVM", afirmou.
Na opinião de ACM Neto, o depoimento de Batista reforçou a tese de que ele era um "laranja" que operava para outras pessoas. "O João Carlos Batista era um laranja que operava em nome de outras pessoas", declarou ACM Neto.
O argumento é reforçado pela declaração de renda do depoente, que indica que ele tinha um patrimônio inferior a R$ 2 milhões e operava, entre 2000 e 2005, operações que rendiam lucros próximos a R$ 16 milhões.
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O sócio da corretora Guaranhuns José Carlos Batista negou-se a responder praticamente todas as perguntas feitas pelos integrantes da CPI dos Correios nesta quinta-feira.
Indiciado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro, crime contra o sistema financeiro e sonegação fiscal e investigado pela Receita Federal, a resposta padrão de Batista foi "vou me reservar ao direito de ficar calado". Nem mesmo respondeu se conhecia o outro sócio da Guaranhuns, Lúcio Bolonha Funaro.
O sub-relator de fundos de pensão da CPI, Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), chegou a suspender a sessão para estudar se era possível adotar alguma medida contra o depoente, mas chegou à conclusão que nada poderia fazer.
Nas poucas respostas que deu, reafirmou que recebeu recursos do empresário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza e repassou a parlamentares do PL. Ele disse não se recordar se havia passado recursos para outros partidos.
Batista disse, a exemplo do sócio da corretora Laeta, Cezar Sassoun, sentir-se perseguido pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e pela BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuro).
E contestou os dados do sigilo bancário que mostram um lucro de R$ 7 milhões em operações de mercado entre os anos de 2000 e 2005. "Eu acho que esse número é absurdo. Eu me sinto perseguido pela BMF e CVM", afirmou.
Na opinião de ACM Neto, o depoimento de Batista reforçou a tese de que ele era um "laranja" que operava para outras pessoas. "O João Carlos Batista era um laranja que operava em nome de outras pessoas", declarou ACM Neto.
O argumento é reforçado pela declaração de renda do depoente, que indica que ele tinha um patrimônio inferior a R$ 2 milhões e operava, entre 2000 e 2005, operações que rendiam lucros próximos a R$ 16 milhões.
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