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07/02/2006 - 15h04

Empresário diz ter alugado três carros blindados para o PT em 2002

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O empresário Roberto Carlos Kurzweil negou nesta terça-feira, durante depoimento à CPI dos Bingos, que tenha cedido qualquer automóvel para o PT. Segundo ele, o carro utilizado por Ralf Barquete para transportar a bebida levada de Brasília para São Paulo por Wladimir Poleto, foi alugado, assim como outros dois veículos que estavam a serviço do PT.

"O PT Nacional alugou três veículos blindados da minha empresa. Eu nunca cedi ou emprestei um veículo. Eles foram alugados durante 2002", afirmou Kurzweil.

O empresário disse que trabalha com engenharia na empresa do seu pai desde os 13 anos. Segundo ele, sua empresa tem contratos com a Prefeitura de Ribeirão Preto desde 1987 e, por isso, ele tem relações de conhecimento e amizade com vários integrantes do governo petista, inclusive com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, com quem ele relatou ter se encontrado "umas quatro ou cinco vezes" desde o início do governo Lula.

Kurzweil disse que a informação que tinha era de que os carros alugados pelo PT em 2002 foram utilizados na campanha eleitoral pelo então candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Os veículos eram pagos pelo PT. Um dos contratos estava inclusive assinado pelo deputado cassado José Dirceu, então presidente da sigla.

"O outro carro era usado pelo José Dirceu e o outro pelo Palocci [que participou da coordenação da campanha de Lula]."

Kurzweil confirmou sua relação de amizade com o assessor de Palocci, Ademirson Ariovaldo da Silva, mas negou ter qualquer relação com Wladimir Poleto. Ele confirmou que liga para Ademirson Ariovaldo pelo menos duas ou três vezes por mês. "Somente para tratar de agenda com o ministro", afirmou.

O dono da locadora de veículos blindados Locablin disse só ter tomado conhecimento do chamado "cubagate" após o caso ter surgido na imprensa. O "cubagate" é a denúncia feita de que a campanha do presidente Lula teria recebido dólares de Cuba. O dinheiro, conforme a denúncia, teria sido transportado em caixas de bebidas.

O empresário também negou qualquer envolvimento com as casas de Bingo, apesar de ter confirmado ter sido sócio de dois conhecidos bingueiros de São Paulo.

"Só soube que eles são bingueiros agora, pela imprensa. Não tenho nada a ver com bingos. Sou totalmente contrário ao jogo." Apesar de confirmar que várias de suas empresas atuam em Angola, Kurzweil negou que tenha contato com os bingueiros angolanos que atuam no Brasil.

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