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15/02/2006 - 15h24

Aldo diz que não é imoral ou ilegal usar dois imóveis funcionais da Câmara

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), afirmou nesta quarta-feira não ver qualquer "ilegalidade ou imoralidade" na utilização, por parte da sua família, em especial da sua sogra, do apartamento funcional que ele ocupava antes de se mudar para a residência oficial da Presidência da Câmara.

Aldo confirmou que utiliza dois imóveis funcionais da Câmara ao mesmo tempo: o apartamento na SQN 202 e a residência oficial, no Lago Sul. Segundo o deputado, ele consultou a assessoria da Câmara sobre a possibilidade de manter o apartamento, já que nele se encontram seus objetos pessoais e uma biblioteca com mais de três mil livros.

O presidente da Câmara disse que recebeu sinal positivo da assessoria da Casa para manter seu apartamento funcional, já que "vou retornar para ele quando deixar a Presidência". De acordo com o deputado, sua sogra, de nome Maria, mora com a família há 16 anos e se incumbiu da tarefa de cuidar do apartamento funcional. "O que eu posso fazer é pedir para minha sogra não ir mais lá", disse.

"Quando fui eleito, não quis deixar o apartamento para mudar para a residência oficial. Resisti por tudo o que tenho no meu apartamento. Lá permaneceram todas as minhas coisas. Minha sogra vai lá para cuidar, pegar correspondência, esse tipo de coisa", explicou.

Nepotismo

Aldo negou também que a contratação de sua mulher, Rita Polli, e de seu irmão, Apolinário Rebelo, pela liderança do PC do B na Câmara tenha sido um ato de "nepotismo". Ele disse que sempre foi contrário à contratação de parentes e que não fez qualquer ato para garantir a contratação de integrantes da sua família pelo seu partido.

O presidente da Câmara afirmou que está conversando com os líderes partidários para tentar incluir na pauta, ainda no primeiro semestre, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que proíbe a prática do nepotismo (contratação de parentes por parte de autoridades ou funcionários do serviço público).

"Já conversei com alguns líderes, não todos, e obtive apoio para a proposta ser levada a plenário. Sou contra o nepotismo. Nunca contratei parentes no meu gabinete ou na Presidência", afirmou. Segundo Aldo, ele fez um apelo para que sua mulher não aceitasse a indicação para trabalhar na liderança do PC do B e não interferiu na contratação de seu irmão.

"O PC do B os contratou muito antes de eu assumir a Presidência. Não foi solicitado nem pedido por mim. Disse à minha esposa que não deveria aceitar. Deixei claro que não gostaria que estivessem na liderança", afirmou. Apesar de negar interferência, Aldo reconhece que sua posição na Casa pode ter influenciado na contratação de seus parentes.

"As circunstâncias de trabalho deles na Câmara dos Deputados podem ter relação com laços familiares", avaliou.

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