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23/02/2006 - 14h08

Efraim Morais ameaça prorrogar CPI dos Bingos

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O presidente da CPI dos Bingos, Efraim Morais (PFL-PB), admitiu nesta quinta-feira a possibilidade de prorrogar as investigações da comissão caso o STF (Supremo Tribunal Federal) não reconsidere as liminares que protegem os sigilos do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e do empresário Roberto Carlos Kurzweil, e diante do atraso na remessa de dados pelo Banco Central e Anatel.

Okamotto é investigado por ter supostamente pago o empréstimo feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva junto ao PT. Seu sigilo bancário foi quebrado pela comissão, mas o presidente do Sebrae recorreu ao STF e conseguiu impedir o acesso aos dados. A mesma estratégia foi usada por Kurzweil, dono da locadora que alugou carros para o suposto transporte de dólares de Cuba para o PT.

A pressão feita por Efraim para que os dados sejam liberados deve ser reforçada depois da semana do Carnaval. O presidente da CPI e o relator, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), vão novamente ao Supremo pedir a revisão das liminares que protegem Okamotto e Kurzweil. Se não houver sucesso na conversa com o relator das liminares, o ministro Cezar Peluso, Efraim disse que recorrerá ao plenário do STF.

Apesar da ameaça de prorrogação, o presidente da comissão afirmou que a intenção é concluir as investigações no prazo definido --até 25 de abril. "Nós admitimos a possibilidade de prorrogar caso as informações solicitadas não cheguem em tempo, mas o esforço é por concluir as investigações antes do dia 25", declarou.

Pelo regimento do Senado, bastaria o apoio de 27 senadores para prorrogar os trabalhos da comissão. "Eu não tenho a menor dúvida de que a oposição teria as assinaturas necessárias", afirmou.

Se postergada a CPI, as investigações podem adentrar o período eleitoral. Mesmo assim, Efraim disse que a comissão não se tornará palanque eleitoral para os oposicionistas. "Eu tenho certeza de que a oposição não faz política 365 dias por ano", falou, numa referência à declaração feita ontem pelo presidente Lula, de que o homem público faz campanha durante todo o ano.

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