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28/03/2006
-
18h21
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) deve ser intimado a depor à Polícia Federal antes de deixar Brasília. O delegado Rodrigo Carneiros Gomes quer agilizar a convocação. Ele é responsável pela investigação que apura a quebra ilegal de sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
Antes de ouvir Palocci, o delegado pretende, entretanto, colher provas para embasar os questionamentos que fará ao ex-ministro.
O delegado considera que Palocci pode se recusar a falar ou negar ter participado do caso no depoimento à PF. Para evitar essa situação, os investigadores querem tempo para analisar provas materiais --como o computador usado na quebra do sigilo bancário-- para então apurar a exata participação do ex-ministro no caso.
O ex-presidente da Caixa, Jorge Mattoso, disse em depoimento ontem à PF que entregou uma cópia do extrato de Francenildo em "mãos" para Palocci. A entrega ocorreu um dia antes do documento ser publicado pela revista "Época" e de ser remetido ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e ao Banco Central para possíveis investigações.
Mattoso disse que foi o responsável pelo pedido das informações bancárias de Francenildo. Ele negou que Palocci tenha dado a ordem para a retirada do documento.
Para a PF, a versão apresentada pelo ex-presidente da Caixa tem falhas. Não está claro para os investigadores, por exemplo, a motivação de Mattoso para a quebra de sigilo. No depoimento, o ex-presidente da Caixa disse apenas ter ordenado que o extrato fosse retirado --comando obedecido por funcionários subordinados.
Outro ponto que a investigação precisa esclarecer, de acordo com a Polícia Federal, é o repasse do extrato a Palocci. Mattoso apresentou como defesa a tese de que entregou o extrato a Palocci porque ele era responsável pelo Coaf e pelo BC. No entanto, Mattoso só reuniu técnicos para ordenar o encaminhamento do caso um dia depois de entregar o extrato a Palocci. Diante das dúvidas, Mattoso deve ser intimado novamente a depor.
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O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) deve ser intimado a depor à Polícia Federal antes de deixar Brasília. O delegado Rodrigo Carneiros Gomes quer agilizar a convocação. Ele é responsável pela investigação que apura a quebra ilegal de sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
Antes de ouvir Palocci, o delegado pretende, entretanto, colher provas para embasar os questionamentos que fará ao ex-ministro.
O delegado considera que Palocci pode se recusar a falar ou negar ter participado do caso no depoimento à PF. Para evitar essa situação, os investigadores querem tempo para analisar provas materiais --como o computador usado na quebra do sigilo bancário-- para então apurar a exata participação do ex-ministro no caso.
O ex-presidente da Caixa, Jorge Mattoso, disse em depoimento ontem à PF que entregou uma cópia do extrato de Francenildo em "mãos" para Palocci. A entrega ocorreu um dia antes do documento ser publicado pela revista "Época" e de ser remetido ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e ao Banco Central para possíveis investigações.
Mattoso disse que foi o responsável pelo pedido das informações bancárias de Francenildo. Ele negou que Palocci tenha dado a ordem para a retirada do documento.
Para a PF, a versão apresentada pelo ex-presidente da Caixa tem falhas. Não está claro para os investigadores, por exemplo, a motivação de Mattoso para a quebra de sigilo. No depoimento, o ex-presidente da Caixa disse apenas ter ordenado que o extrato fosse retirado --comando obedecido por funcionários subordinados.
Outro ponto que a investigação precisa esclarecer, de acordo com a Polícia Federal, é o repasse do extrato a Palocci. Mattoso apresentou como defesa a tese de que entregou o extrato a Palocci porque ele era responsável pelo Coaf e pelo BC. No entanto, Mattoso só reuniu técnicos para ordenar o encaminhamento do caso um dia depois de entregar o extrato a Palocci. Diante das dúvidas, Mattoso deve ser intimado novamente a depor.
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