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08/04/2006 - 11h49

Bastos teria ajudado Palocci a encobrir violação de sigilo, diz revista

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da Folha Online

O ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) teria ajudado o ex-ministro Antonio Palocci a tentar encobrir a responsabilidade pela violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, segundo reportagem da revista "Veja" deste fim de semana. De acordo com a revista, Bastos estaria presente numa reunião realizada no dia 23 de março na casa de Palocci.

Nessa reunião estariam presentes, além de Bastos e Palocci, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e o advogado criminalista Arnaldo Malheiros Filho. A revista informa que o advogado foi convidado pelo ministro da Justiça;

De acordo com a reportagem, os participantes desse encontro tentaram encontrar uma fórmula para encobrir Palocci, que seria o responsável pela quebra do sigilo --ele pediu para Mattoso o extrato bancário do caseiro. A solução, que teria sido arquitetada com a ajuda de Bastos, envolvia o pagamento de R$ 1 milhão para quem assumisse a culpa pela violação do sigilo bancário do caseiro. A idéia seria fazer com que um funcionário da Caixa assumisse essa responsabilidade em troca do "prêmio".

A revista ouviu Bastos, que disse para a "Veja" que convidou Malheiros para o encontro a pedido de Palocci. Ele teria dito ainda que "como ministro da Justiça" queria se inteirar dos fatos, pois a Polícia Federal havia instaurado um inquérito para apurar a responsabilidade pela violação e vazamento do sigilo do caseiro.

Ele também afirmou para a revista que não sabia que Mattoso estaria presente na reunião. A PF suspeita que Palocci e Mattoso tenham combinado seus depoimentos.

A reportagem também acusa Bastos de saber da responsabilidade de Palocci na quebra de sigilo do caseiro desde a publicação dos dados bancários, na noite do dia 17 de março pelo blog da revista "Época". A revista informa que Bastos já teria sido convocado pelo governo para ajudar a encobertar Palocci.

Um dos assessores de Bastos --Daniel Goldberg (Secretário de Direito Econômico)-- estava na casa de Palocci na noite do dia 16 de março, quando Mattoso entregou o documento para o ex-ministro. Bastos estava em Rondônia neste dia.

A revista também acusa a Receita Federal de estar envolvida nesse episódio. De acordo com a reportagem, a Receita teria vazado os dados do recolhimento de CPMF da conta bancária de Francenildo do último trimestre de 2005. Esse vazamento permitiu que se verificasse uma movimentação considerada atípica na conta do caseiro: depósitos de R$ 25 mil --incompatível com o salário de R$ 700 mensais de Francenildo.

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