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17/04/2006
-
22h16
da Agência Folha
Os dez anos do massacre de Eldorado do Carajás (PA) foram lembrados em pelo menos 13 Estados do país com um saque, 13 invasões, diversos bloqueios de rodovias e caminhadas. Em nenhuma manifestação houve confronto com a polícia.
No Pontal do Paranapanema, região oeste do Estado de São Paulo, dez fazendas foram invadidas em ações simultâneas do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) para marcar a passagem da data e protestar contra o que o movimento considera de "lentidão" na reforma agrária.
"Estamos fazendo no Pontal, com essas dez ocupações, um protesto contra os dez anos de impunidade por uma das maiores vergonhas desse país que foi o massacre de [Eldorado do] Carajás", disse José Rainha, que, mesmo proibido pela direção do MST de falar e agir em nome da sigla, visitou as áreas invadidas.
O presidente nacional da UDR (União Democrática Ruralista), Luiz Antônio Nabhan Garcia, disse que as ações "não se justificam". "Há Justiça no nosso país para decidir sobre o que ocorreu no Pará, mas não se justifica lembrar a data fazendo pressão, invadindo e agindo na ilegalidade."
Em Pernambuco, agricultores ligados ao MST saquearam dois caminhões carregados de massas e biscoitos, em São Lourenço da Mata, na região da Grande Recife. Sete rodovias do Estado também foram bloqueadas.
Em Minas Gerais, o MST invadiu na madrugada de hoje duas fazendas consideradas improdutivas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) na região norte do Estado. Cerca de 540 sem-terra participaram das duas ações.
Na fazenda Bom Sucesso, em Capitão Enéas (499 km de Belo Horizonte), a coordenação do MST disse que o caseiro atirou com balas de borracha contra os sem-terra, atingindo um integrante do movimento, sem feri-lo. A Polícia Militar não confirmou essa informação.
No Rio Grande do Sul, o MST bloqueou por 19 minutos --números de agricultores mortos no massacre--, cinco trechos de estradas federais no Estado.
As manifestações ocorreram nas BRs 386, em Nova Santa Rita; 293, em Hulha Negra; 116, em Arroio Grande; 158, em Livramento; e BR-285, em Santo Antônio das Missões. O MST informou que foram mobilizados 2.000 sem-terra.
Na Bahia, além de invadir uma fazenda que pertence à indústria Suzano Papel e Celulose, em Teixeira de Freitas (820 km de Salvador), um grupo de cerca de 2.000 sem-terra terminou hoje uma caminhada de cinco dias e 108 km entre Feira de Santana e Salvador.
Na capital baiana, fizeram uma manifestação em frente ao Fórum Ruy Barbosa para cobrar mais agilidade nos processos de desapropriação.
Na Paraíba e no Rio Grande do Norte, manifestantes bloquearam trechos de rodovias federais. A BR-304, rodovia que liga Natal a Mossoró, ficou fechada por duas horas e meia por cerca de 200 militantes do MST.
Em João Pessoa (PB), cerca de 200 integrantes do MST montaram acampamento na praça em frente ao Tribunal de Justiça. Em Maceió (AL) e Fortaleza (CE), os sem-terra também fizeram caminhadas e atos públicos.
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Os dez anos do massacre de Eldorado do Carajás (PA) foram lembrados em pelo menos 13 Estados do país com um saque, 13 invasões, diversos bloqueios de rodovias e caminhadas. Em nenhuma manifestação houve confronto com a polícia.
No Pontal do Paranapanema, região oeste do Estado de São Paulo, dez fazendas foram invadidas em ações simultâneas do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) para marcar a passagem da data e protestar contra o que o movimento considera de "lentidão" na reforma agrária.
"Estamos fazendo no Pontal, com essas dez ocupações, um protesto contra os dez anos de impunidade por uma das maiores vergonhas desse país que foi o massacre de [Eldorado do] Carajás", disse José Rainha, que, mesmo proibido pela direção do MST de falar e agir em nome da sigla, visitou as áreas invadidas.
O presidente nacional da UDR (União Democrática Ruralista), Luiz Antônio Nabhan Garcia, disse que as ações "não se justificam". "Há Justiça no nosso país para decidir sobre o que ocorreu no Pará, mas não se justifica lembrar a data fazendo pressão, invadindo e agindo na ilegalidade."
Em Pernambuco, agricultores ligados ao MST saquearam dois caminhões carregados de massas e biscoitos, em São Lourenço da Mata, na região da Grande Recife. Sete rodovias do Estado também foram bloqueadas.
Em Minas Gerais, o MST invadiu na madrugada de hoje duas fazendas consideradas improdutivas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) na região norte do Estado. Cerca de 540 sem-terra participaram das duas ações.
Na fazenda Bom Sucesso, em Capitão Enéas (499 km de Belo Horizonte), a coordenação do MST disse que o caseiro atirou com balas de borracha contra os sem-terra, atingindo um integrante do movimento, sem feri-lo. A Polícia Militar não confirmou essa informação.
No Rio Grande do Sul, o MST bloqueou por 19 minutos --números de agricultores mortos no massacre--, cinco trechos de estradas federais no Estado.
As manifestações ocorreram nas BRs 386, em Nova Santa Rita; 293, em Hulha Negra; 116, em Arroio Grande; 158, em Livramento; e BR-285, em Santo Antônio das Missões. O MST informou que foram mobilizados 2.000 sem-terra.
Na Bahia, além de invadir uma fazenda que pertence à indústria Suzano Papel e Celulose, em Teixeira de Freitas (820 km de Salvador), um grupo de cerca de 2.000 sem-terra terminou hoje uma caminhada de cinco dias e 108 km entre Feira de Santana e Salvador.
Na capital baiana, fizeram uma manifestação em frente ao Fórum Ruy Barbosa para cobrar mais agilidade nos processos de desapropriação.
Na Paraíba e no Rio Grande do Norte, manifestantes bloquearam trechos de rodovias federais. A BR-304, rodovia que liga Natal a Mossoró, ficou fechada por duas horas e meia por cerca de 200 militantes do MST.
Em João Pessoa (PB), cerca de 200 integrantes do MST montaram acampamento na praça em frente ao Tribunal de Justiça. Em Maceió (AL) e Fortaleza (CE), os sem-terra também fizeram caminhadas e atos públicos.
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