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17/04/2006
-
12h57
FAUSTO SALVADORI FILHO
da Folha Online
Militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) promovem bloqueios de estradas, ocupações de fazendas, marchas e passeatas em vários Estados para cobrar a punição dos responsáveis pelo massacre de Eldorado do Carajás (PA), que completa dez anos nesta segunda-feira. Veja quais são as ações do MST para relembrar o massacre de Carajás.
Em Pernambuco, o MST saqueou dois caminhões no município de São Lourenço da Mata e bloqueou sete trechos de estradas federais. Os caminhões saqueados estavam carregados de massas para biscoito e macarrão.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os bloqueios ocorreram na BR-408, em São Lourenço; na BR-110, em Petrolândia; na BR-101, em Xexéu; na BR-104, em Caruaru e Quipapá; na BR-232, em São Caetano; e na BR-232, em Pesqueira. Às 15h, militantes pretendem plantar 19 árvores frutíferas em frente à Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), em homenagem às vítimas do massacre.
Neste domingo, também em Pernambuco, cerca de 200 famílias invadiram o Engenho São Bernardo, arrendado para a Usina Petribu, no município de Paudalho.
Na Paraíba, três rodovias também foram ocupadas: a BR-230, em Cajazeiras; a BR-110, em Patos; e a PB-361, em Patos.
Outros bloqueios rodoviários ocorreram também no Rio Grande do Sul: na BR-386, em Nova Santa Rita; e na BR-293, em Hulha Negra.
Em Maceió, uma praça em frente a um prédio do Incra (Instituto Nacional de Colonização de Reforma Agrária), foi ocupada por cerca de 3.500 militantes sem-terra. O grupo promete sair do local nesta terça-feira para uma marcha até a cidade de Atalaia, a 77 quilômetros dali.
O MST também programou debates e sessões solenes no Congresso e na Câmara Distrital do Distrito Federal, em Brasília. Lá, os militantes também vão plantar 19 árvores frutíferas na área externa da Câmara.
Em São Paulo, o MST participa de um ato na Praça da Sé (região central) em parceria com grupos de defesa dos Direitos Humanos.
Na madrugada deste domingo, cerca de 3.000 sem-teto invadiram uma fazenda que pertence à indústria Suzano Papel e Celulose, em Teixeira de Freitas, na Bahia.
O massacre
Em 17 de abril de 1996, policiais militares mataram 19 sem-terra e feriram outros 69 durante um confronto na rodovia PA-150.
Os dois policiais que comandaram a operação, coronel Mário Pantoja e o major José Maria de Oliveira, foram condenados, mas recorreram e aguardam a decisão final da Justiça em liberdade.
Desde 1º de abril, cerca de 200 militantes sem-terra fazem bloqueios diários na curva do "S" da rodovia, onde ocorreu o massacre. Na manhã de hoje, o movimento reuniu cerca de 5.000 pessoas.
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da Folha Online
Militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) promovem bloqueios de estradas, ocupações de fazendas, marchas e passeatas em vários Estados para cobrar a punição dos responsáveis pelo massacre de Eldorado do Carajás (PA), que completa dez anos nesta segunda-feira. Veja quais são as ações do MST para relembrar o massacre de Carajás.
Em Pernambuco, o MST saqueou dois caminhões no município de São Lourenço da Mata e bloqueou sete trechos de estradas federais. Os caminhões saqueados estavam carregados de massas para biscoito e macarrão.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os bloqueios ocorreram na BR-408, em São Lourenço; na BR-110, em Petrolândia; na BR-101, em Xexéu; na BR-104, em Caruaru e Quipapá; na BR-232, em São Caetano; e na BR-232, em Pesqueira. Às 15h, militantes pretendem plantar 19 árvores frutíferas em frente à Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), em homenagem às vítimas do massacre.
Neste domingo, também em Pernambuco, cerca de 200 famílias invadiram o Engenho São Bernardo, arrendado para a Usina Petribu, no município de Paudalho.
Na Paraíba, três rodovias também foram ocupadas: a BR-230, em Cajazeiras; a BR-110, em Patos; e a PB-361, em Patos.
Outros bloqueios rodoviários ocorreram também no Rio Grande do Sul: na BR-386, em Nova Santa Rita; e na BR-293, em Hulha Negra.
Em Maceió, uma praça em frente a um prédio do Incra (Instituto Nacional de Colonização de Reforma Agrária), foi ocupada por cerca de 3.500 militantes sem-terra. O grupo promete sair do local nesta terça-feira para uma marcha até a cidade de Atalaia, a 77 quilômetros dali.
O MST também programou debates e sessões solenes no Congresso e na Câmara Distrital do Distrito Federal, em Brasília. Lá, os militantes também vão plantar 19 árvores frutíferas na área externa da Câmara.
Em São Paulo, o MST participa de um ato na Praça da Sé (região central) em parceria com grupos de defesa dos Direitos Humanos.
Na madrugada deste domingo, cerca de 3.000 sem-teto invadiram uma fazenda que pertence à indústria Suzano Papel e Celulose, em Teixeira de Freitas, na Bahia.
O massacre
Em 17 de abril de 1996, policiais militares mataram 19 sem-terra e feriram outros 69 durante um confronto na rodovia PA-150.
Os dois policiais que comandaram a operação, coronel Mário Pantoja e o major José Maria de Oliveira, foram condenados, mas recorreram e aguardam a decisão final da Justiça em liberdade.
Desde 1º de abril, cerca de 200 militantes sem-terra fazem bloqueios diários na curva do "S" da rodovia, onde ocorreu o massacre. Na manhã de hoje, o movimento reuniu cerca de 5.000 pessoas.
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