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19/04/2006
-
11h02
da Agência Folha
Depois de um dia de ações e protestos para lembrar os dez anos do massacre de Eldorado do Carajás (PA), cerca de 3.550 sem-terra de Alagoas, Goiás e Santa Catarina iniciaram ontem marchas de protesto para marcar a passagem da data, cobrar do governo federal agilidade na reforma agrária e pedir a punição dos responsáveis pelas mortes no campo.
Em Alagoas, sem-terra ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), ao MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade), ao MLST (Movimento de Libertação dos Sem-Terra) e à CPT (Comissão Pastoral da Terra) deixaram o acampamento em Maceió às 7h em direção ao município de Atalaia (65 km de Maceió). A expectativa é chegar ao destino amanhã.
Segundo os organizadores, 5.000 pessoas participavam da marcha. Um dia antes, a Polícia Militar havia estimado 2.000 sem-terra na capital.
"É uma marcha contra a violência e a impunidade nos assassinatos de sem-terra em Alagoas", disse Carlos Lima, coordenador da CPT no Estado. Segundo a entidade, nos últimos 12 anos, 39 lideranças foram mortas em Alagoas.
No caminho, os sem-terra invadiram o prédio da Ceal (Companhia Energética de Alagoas) para pedir melhorias na instalação elétrica de assentamentos.
Em Goiás, o MST iniciou na manhã de ontem duas marchas no interior rumo à capital. A coordenação do movimento informou que 850 sem-terra partiram da cidade de Goiás e outros 700, de Cezarina, distantes, respectivamente, 141 km e 69 km de Goiânia.
Segundo a PM, as marchas contam com 800 integrantes em Goiás e 400 em Cezarina. Os dois grupos devem chegar a Goiânia até o fim do dia 30.
"Temos quatro grandes objetivos: promover o debate sobre a reforma agrária, fazer atividades informativas, tentar massificar os acampamentos e tocar na questão econômica, que trata dos assentamentos, créditos e infra-estrutura", disse o coordenador estadual do MST Valdir Misnerovic.
Em Santa Catarina, o MST iniciou ontem, em Itajaí, uma marcha de 102 km em direção a Florianópolis. A previsão é chegar à capital do Estado amanhã. Segundo o movimento, há 700 pessoas participando do protesto. A Polícia Rodoviária Federal contabilizou 300 participantes.
A manifestação conta ainda com integrantes do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), do MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) e da Via Campesina.
Segundo o coordenador estadual do MST Álvaro Santin, além de cobrar justiça no caso do massacre de Eldorado do Carajás, há três pontos de reivindicação: agilidade na reforma agrária, maior geração de empregos e valorização do salário mínimo.
Invasão
Em Ponta Grossa (PR), cerca de 200 sem-terra bloquearam o acesso à fazenda experimental da Embrapa na cidade para apressar a desapropriação de parte da área, invadida há três anos pelo MST. O protesto foi numa via secundária e sem incidentes. Começou às 7h e permaneceu até as 16h.
O chefe da área jurídica da Embrapa, Antonio Nilson Rocha, disse que a empresa concordou em vender ao Incra 600 dos 2.000 hectares da fazenda para fins de reforma agrária. O MST diz que grandes fazendeiros grilaram parte da fazenda.
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Depois de um dia de ações e protestos para lembrar os dez anos do massacre de Eldorado do Carajás (PA), cerca de 3.550 sem-terra de Alagoas, Goiás e Santa Catarina iniciaram ontem marchas de protesto para marcar a passagem da data, cobrar do governo federal agilidade na reforma agrária e pedir a punição dos responsáveis pelas mortes no campo.
Em Alagoas, sem-terra ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), ao MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade), ao MLST (Movimento de Libertação dos Sem-Terra) e à CPT (Comissão Pastoral da Terra) deixaram o acampamento em Maceió às 7h em direção ao município de Atalaia (65 km de Maceió). A expectativa é chegar ao destino amanhã.
Segundo os organizadores, 5.000 pessoas participavam da marcha. Um dia antes, a Polícia Militar havia estimado 2.000 sem-terra na capital.
"É uma marcha contra a violência e a impunidade nos assassinatos de sem-terra em Alagoas", disse Carlos Lima, coordenador da CPT no Estado. Segundo a entidade, nos últimos 12 anos, 39 lideranças foram mortas em Alagoas.
No caminho, os sem-terra invadiram o prédio da Ceal (Companhia Energética de Alagoas) para pedir melhorias na instalação elétrica de assentamentos.
Em Goiás, o MST iniciou na manhã de ontem duas marchas no interior rumo à capital. A coordenação do movimento informou que 850 sem-terra partiram da cidade de Goiás e outros 700, de Cezarina, distantes, respectivamente, 141 km e 69 km de Goiânia.
Segundo a PM, as marchas contam com 800 integrantes em Goiás e 400 em Cezarina. Os dois grupos devem chegar a Goiânia até o fim do dia 30.
"Temos quatro grandes objetivos: promover o debate sobre a reforma agrária, fazer atividades informativas, tentar massificar os acampamentos e tocar na questão econômica, que trata dos assentamentos, créditos e infra-estrutura", disse o coordenador estadual do MST Valdir Misnerovic.
Em Santa Catarina, o MST iniciou ontem, em Itajaí, uma marcha de 102 km em direção a Florianópolis. A previsão é chegar à capital do Estado amanhã. Segundo o movimento, há 700 pessoas participando do protesto. A Polícia Rodoviária Federal contabilizou 300 participantes.
A manifestação conta ainda com integrantes do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), do MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) e da Via Campesina.
Segundo o coordenador estadual do MST Álvaro Santin, além de cobrar justiça no caso do massacre de Eldorado do Carajás, há três pontos de reivindicação: agilidade na reforma agrária, maior geração de empregos e valorização do salário mínimo.
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Em Ponta Grossa (PR), cerca de 200 sem-terra bloquearam o acesso à fazenda experimental da Embrapa na cidade para apressar a desapropriação de parte da área, invadida há três anos pelo MST. O protesto foi numa via secundária e sem incidentes. Começou às 7h e permaneceu até as 16h.
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