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27/04/2006
-
16h44
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) negou qualquer responsabilidade sobre as possíveis irregularidades na contratação de empresas de varrição pela Prefeitura de Ribeirão Preto. Nas quase quatro horas de depoimento dado para a Polícia Civil, ele negou ter conhecimento dos detalhes dos contratos de varrição assinados quando ele era prefeito da cidade.
O promotor Daniel de Angelis, que acompanhou o depoimento, disse que Palocci atribuiu toda a responsabilidade pelos contratos à ex-superintendente do Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto) Isabel Bordini. Palocci disse que Bordini tinha completa autonomia para gerir o contrato de varrição de rua. Ela vai ser ouvida nesse inquérito pela Polícia Civil.
Segundo Angelis, Palocci a carta precatória enviada pelo delegado Benedito Valencise, que preside o inquérito, já pedia o indiciamento do ex-ministro. Ou seja, ele seria indiciado independentemente do que dissesse no depoimento.
O ex-ministro apresentou documentos para tentar mostrar que não tinha relação com os contratos de varrição de Ribeirão. Mesmo assim ele foi indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, formação de quadrilha e peculato (corrupção).
Os documentos apresentados por Palocci serão investigados pelo Ministério Público Estadual. O depoimento de Palocci foi tomado pelo delegado Amarildo Fernandes.
A Polícia Civil pretende indiciar outros suspeitos de envolvimento no esquema. O número de indiciados no inquérito deve chegar a "oito ou dez", segundo Valencise.
Segundo as investigações, Palocci e os demais suspeitos teriam desviado recursos públicos para repassar à empresa de varrição Leão Leão e ao PT, o que configuraria crime de peculato.
O ex-ministro já foi indiciado na Polícia Federal por quatro crimes: quebra de sigilo bancário e funcional, prevaricação e denunciação caluniosa. Para a PF, Palocci é o mandante da ordem de quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que acusou o ex-ministro de freqüentar uma casa em Brasília usada para encontro de lobistas e festas com garotas de programa.
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da Folha Online, em Brasília
O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) negou qualquer responsabilidade sobre as possíveis irregularidades na contratação de empresas de varrição pela Prefeitura de Ribeirão Preto. Nas quase quatro horas de depoimento dado para a Polícia Civil, ele negou ter conhecimento dos detalhes dos contratos de varrição assinados quando ele era prefeito da cidade.
O promotor Daniel de Angelis, que acompanhou o depoimento, disse que Palocci atribuiu toda a responsabilidade pelos contratos à ex-superintendente do Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto) Isabel Bordini. Palocci disse que Bordini tinha completa autonomia para gerir o contrato de varrição de rua. Ela vai ser ouvida nesse inquérito pela Polícia Civil.
Segundo Angelis, Palocci a carta precatória enviada pelo delegado Benedito Valencise, que preside o inquérito, já pedia o indiciamento do ex-ministro. Ou seja, ele seria indiciado independentemente do que dissesse no depoimento.
O ex-ministro apresentou documentos para tentar mostrar que não tinha relação com os contratos de varrição de Ribeirão. Mesmo assim ele foi indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, formação de quadrilha e peculato (corrupção).
Os documentos apresentados por Palocci serão investigados pelo Ministério Público Estadual. O depoimento de Palocci foi tomado pelo delegado Amarildo Fernandes.
A Polícia Civil pretende indiciar outros suspeitos de envolvimento no esquema. O número de indiciados no inquérito deve chegar a "oito ou dez", segundo Valencise.
Segundo as investigações, Palocci e os demais suspeitos teriam desviado recursos públicos para repassar à empresa de varrição Leão Leão e ao PT, o que configuraria crime de peculato.
O ex-ministro já foi indiciado na Polícia Federal por quatro crimes: quebra de sigilo bancário e funcional, prevaricação e denunciação caluniosa. Para a PF, Palocci é o mandante da ordem de quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que acusou o ex-ministro de freqüentar uma casa em Brasília usada para encontro de lobistas e festas com garotas de programa.
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