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13/06/2006 - 09h47

EUA podem cancelar visto de líder do MLST

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ANDRÉA MICHAEL
LETÍCIA SANDER
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Embaixada dos Estados Unidos em Brasília pretende cancelar o visto que autoriza a entrada em território americano do principal líder do MLST, Bruno Maranhão. Procurada, a embaixada não quis se pronunciar. A assessoria de imprensa informou que a legislação dos EUA proíbe comentar assuntos relacionados a vistos.

O líder do MLST (Movimento de Libertação dos Sem-Terra) pretendia viajar aos EUA logo depois da invasão à Câmara dos Deputados, na terça-feira passada, mas ele acabou preso.

A mulher de Bruno Maranhão, Suzana Maranhão, 65, já estava em Nova York. Ela e o marido iriam visitar a filha, Alexandra, e uma neta que completou um ano. Por conta da prisão dele, Suzana retornou ao Brasil. Ela chegou sábado a Brasília e até ontem não tinha conseguido ver o marido.

Segundo o advogado Boris Trindade, Maranhão e os demais 41 presos só tiveram contato até agora com advogados. Eles não foram autorizados a conversar com nenhum familiar e não têm acesso a jornais, TV ou livros. A PF nega que os militantes estejam presos em regime de isolamento. Quanto às visitas, devem obedecer aos horários estabelecidos.

Formado em engenharia mecânica, Maranhão teria direito a uma cela especial. Mas não quis pleitear o benefício.

Amanhã, a PF começa a ouvir as 36 vítimas da invasão da Câmara. Segundo a PF, tecnicamente os acusados responderão em conjunto pelos crimes de corrupção de menores, dano ao patrimônio público, dano a prédio da União tombado pelo patrimônio histórico, formação de quadrilha, além de lesão corporal de natureza leve e grave. Somadas, as penas podem chegar a 15 anos de prisão.

Em nota, o MLST afirmou que parte da fita divulgada pela Câmara, e que mostra a entrada dos sem-terra no Congresso sendo planejada, foi manipulada para "justificar prisões ilegais e injustas". Na nota, MLST justifica as reuniões prévias ao ato dizendo que "trazer mais de mil pessoas de dez Estados ao Distrito Federal sem nenhum conhecimento prévio do local seria no mínimo irresponsável" e diz considerar as prisões como uma tentativa de criminalizar os movimentos sociais.

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