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20/06/2006
-
14h53
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, aproveitou uma audiência pública no Congresso Nacional para responder às críticas do candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, que chamou de "burrice" o pagamento antecipado ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e classificou como covardia a política de juros.
"A decisão sobre taxas de juros não demanda grandes emoções, valentias ou covardias", disse. As declarações de Alckmin foram dadas ontem em entrevista à rádio CBN. Na ocasião, o tucano disse que foi uma "burrice" ter pago de forma antecipada o FMI porque o governo pagou "uma dívida que é mais barata e está aumentando a mais cara, que é a dívida interna" e disse ainda que o BC errou na dose na condução da política de juros. A taxa básica de juros da economia está hoje em 15,25% ao ano.
Embora não tenha respondido diretamente a questão sobre o pagamento ao FMI, Meirelles lembrou aos parlamentares dos efeitos positivos da redução do endividamento externo nos indicadores de vulnerabilidade, já que o país fica mais protegido contra uma desvalorização excessiva da moeda nacional.
Como exemplo de melhora de indicador, ele citou a relação entre dívida externa e PIB (Produto Interno Bruto), que passou de 35,9% em 2002 para 12,8% em 2005.
Além disso, destacou também a redução da dívida cambial interna, que em 2002 chegou a 40% do total da dívida interna em títulos e em maio deste ano era negativa em 1,8%, ou seja, o governo tem créditos a receber em dólar.
Susto
Ainda de acordo com o presidente da autoridade monetária, o governo Lula tem conduzido de forma correta a política econômica. "O susto dos últimos 15 dias mostrou o acerto da política brasileira", disse ele sobre a volatilidade que atingiu os mercados no final de maio.
Ele lembrou que as oscilações nos mercados não alteraram as expectativas de inflação para este ano e que a "variação cambial foi dentro dos parâmetros considerados aceitáveis".
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Decisão sobre juros não demanda emoções, diz Meirelles a Alckmin
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da Folha Online, em Brasília
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, aproveitou uma audiência pública no Congresso Nacional para responder às críticas do candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, que chamou de "burrice" o pagamento antecipado ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e classificou como covardia a política de juros.
"A decisão sobre taxas de juros não demanda grandes emoções, valentias ou covardias", disse. As declarações de Alckmin foram dadas ontem em entrevista à rádio CBN. Na ocasião, o tucano disse que foi uma "burrice" ter pago de forma antecipada o FMI porque o governo pagou "uma dívida que é mais barata e está aumentando a mais cara, que é a dívida interna" e disse ainda que o BC errou na dose na condução da política de juros. A taxa básica de juros da economia está hoje em 15,25% ao ano.
Embora não tenha respondido diretamente a questão sobre o pagamento ao FMI, Meirelles lembrou aos parlamentares dos efeitos positivos da redução do endividamento externo nos indicadores de vulnerabilidade, já que o país fica mais protegido contra uma desvalorização excessiva da moeda nacional.
Como exemplo de melhora de indicador, ele citou a relação entre dívida externa e PIB (Produto Interno Bruto), que passou de 35,9% em 2002 para 12,8% em 2005.
Além disso, destacou também a redução da dívida cambial interna, que em 2002 chegou a 40% do total da dívida interna em títulos e em maio deste ano era negativa em 1,8%, ou seja, o governo tem créditos a receber em dólar.
Susto
Ainda de acordo com o presidente da autoridade monetária, o governo Lula tem conduzido de forma correta a política econômica. "O susto dos últimos 15 dias mostrou o acerto da política brasileira", disse ele sobre a volatilidade que atingiu os mercados no final de maio.
Ele lembrou que as oscilações nos mercados não alteraram as expectativas de inflação para este ano e que a "variação cambial foi dentro dos parâmetros considerados aceitáveis".
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