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21/06/2006
-
10h09
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Mulher de Bruno Maranhão, principal líder do MLST (Movimento de Libertação dos Sem-Terra), Suzana Maranhão, 62, classificou ontem de "gravíssima" a decisão de misturar os integrantes do movimento a outros presos, no Complexo Penitenciário da Papuda.
"Soubemos que eles ficarão junto aos 2.000 presos comuns, criminosos de alta periculosidade. É um fato gravíssimo. A gente sabe o que acontece nas prisões." A transferência foi confirmada pela Polícia Federal. Até ontem, os integrantes do MLST estavam em uma ala recém-inaugurada da Papuda, isolados dos demais detidos.
Segundo Suzana Maranhão, os integrantes do MLST foram vítimas de maus-tratos e boicote dentro da penitenciária. Na quarta-feira passada, dia de visitas na Papuda, ela esteve com Maranhão. Disse ter ouvido relatos de que três presos teriam ficado por dois dias em uma cela escura, gelada, sem cobertor.
Os presos também teriam lhe contado que foram obrigados a sentar em uma poça d"água. Molhados, eles passaram frio. Até o fechamento desta edição, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do DF não havia se manifestado sobre as acusações.
Segundo Suzana, advogados levaram aos presos sandálias, camisas, toalhas e uma televisão. Na segunda-feira à noite, teriam constatado que os detidos não haviam recebido nada. "Eles estavam com a mesma roupa, mesma calça, sem toalha, tomando banho gelado e se enxugando com a roupa", disse.
Cerca de 550 militantes do movimento foram presos devido à invasão à Câmara, no dia 6 de junho, e enviados à penitenciária no dia seguinte. Desses, 42 permanecem detidos: 9 mulheres em uma penitenciária feminina de Brasília e 33 homens na Papuda.
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Integrantes do MLST presos passaram por maus-tratos, diz mulher de líder
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Mulher de Bruno Maranhão, principal líder do MLST (Movimento de Libertação dos Sem-Terra), Suzana Maranhão, 62, classificou ontem de "gravíssima" a decisão de misturar os integrantes do movimento a outros presos, no Complexo Penitenciário da Papuda.
"Soubemos que eles ficarão junto aos 2.000 presos comuns, criminosos de alta periculosidade. É um fato gravíssimo. A gente sabe o que acontece nas prisões." A transferência foi confirmada pela Polícia Federal. Até ontem, os integrantes do MLST estavam em uma ala recém-inaugurada da Papuda, isolados dos demais detidos.
Segundo Suzana Maranhão, os integrantes do MLST foram vítimas de maus-tratos e boicote dentro da penitenciária. Na quarta-feira passada, dia de visitas na Papuda, ela esteve com Maranhão. Disse ter ouvido relatos de que três presos teriam ficado por dois dias em uma cela escura, gelada, sem cobertor.
Os presos também teriam lhe contado que foram obrigados a sentar em uma poça d"água. Molhados, eles passaram frio. Até o fechamento desta edição, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do DF não havia se manifestado sobre as acusações.
Segundo Suzana, advogados levaram aos presos sandálias, camisas, toalhas e uma televisão. Na segunda-feira à noite, teriam constatado que os detidos não haviam recebido nada. "Eles estavam com a mesma roupa, mesma calça, sem toalha, tomando banho gelado e se enxugando com a roupa", disse.
Cerca de 550 militantes do movimento foram presos devido à invasão à Câmara, no dia 6 de junho, e enviados à penitenciária no dia seguinte. Desses, 42 permanecem detidos: 9 mulheres em uma penitenciária feminina de Brasília e 33 homens na Papuda.
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