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06/07/2006
-
15h30
REGIANE SOARES
da Folha Online
Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, o Bozinho, acusado pelo assassinato do prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel (PT), fugiu nesta quarta-feira da penitenciária de Franco da Rocha (Grande São Paulo).
Celso Daniel foi seqüestrado no dia 18 de janeiro de 2002, quando voltava de um jantar em São Paulo. Dois dias depois, o corpo do prefeito foi encontrado em uma estrada em Juquitiba (a 78 km de São Paulo) com sete tiros.
Segundo investigações do Ministério Público, Bozinho teria cercado o carro do prefeito, uma Pajero, e o retirado do veículo. Em seguida, Celso Daniel foi levado pelos seqüestradores, numa Blazer, para a favela Pantanal.
Em depoimento à Justiça em dezembro de 2003, o suspeito afirmou ter sido torturado pelo deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) para que confessasse o crime.
Por designação do PT, Greenhalgh acompanhou por um tempo as investigações sobre a morte do prefeito de Santo André.
À época, Bozinho disse ao juiz Luiz Fernando Migliori Prestes, da 1ª Vara da Comarca de Itapecerica da Serra (SP), que somente confessou ter participado do assassinato por ter sido submetido a processos de tortura. De Greenhalgh, ele disse ter recebido tapas no rosto para que confessasse sua participação no crime.
O deputado, que sempre se disse "convicto" de que Daniel foi vítima de "um crime comum de seqüestro", rotulou, na ocasião, de "absurda" a acusação.
Por meio de sua assessoria, Greenhalgh negou hoje "veementemente" que tenha presenciado ou praticado qualquer tipo de violência contra os acusados ouvidos à época. E lembrou que, além dele, havia outras pessoas na sala de audiência.
De acordo com o promotor de Santo André, Roberto Wider, a fuga de Bozinho atrapalha o andamento do processo porque como fugitivo não poderá ser levado ao tribunal para ser julgado.
Fuga
A fuga na Penitenciária 1 de Franco da Rocha ocorreu na tarde de ontem, quando um grupo de presos rendeu funcionários de uma empresa terceirizada que trabalhavam em uma obra na cozinha da unidade.
Os presos, que carregavam uma arma, trocaram tiros com os agentes penitenciários. O agente de escolta e vigilância penitenciária Genivaldo Lourenço da Silva foi baleado e chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), seis presos conseguiram fugir, sendo que dois foram recapturados pouco depois.
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Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, o Bozinho, acusado pelo assassinato do prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel (PT), fugiu nesta quarta-feira da penitenciária de Franco da Rocha (Grande São Paulo).
Celso Daniel foi seqüestrado no dia 18 de janeiro de 2002, quando voltava de um jantar em São Paulo. Dois dias depois, o corpo do prefeito foi encontrado em uma estrada em Juquitiba (a 78 km de São Paulo) com sete tiros.
Segundo investigações do Ministério Público, Bozinho teria cercado o carro do prefeito, uma Pajero, e o retirado do veículo. Em seguida, Celso Daniel foi levado pelos seqüestradores, numa Blazer, para a favela Pantanal.
Em depoimento à Justiça em dezembro de 2003, o suspeito afirmou ter sido torturado pelo deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) para que confessasse o crime.
Por designação do PT, Greenhalgh acompanhou por um tempo as investigações sobre a morte do prefeito de Santo André.
À época, Bozinho disse ao juiz Luiz Fernando Migliori Prestes, da 1ª Vara da Comarca de Itapecerica da Serra (SP), que somente confessou ter participado do assassinato por ter sido submetido a processos de tortura. De Greenhalgh, ele disse ter recebido tapas no rosto para que confessasse sua participação no crime.
O deputado, que sempre se disse "convicto" de que Daniel foi vítima de "um crime comum de seqüestro", rotulou, na ocasião, de "absurda" a acusação.
Por meio de sua assessoria, Greenhalgh negou hoje "veementemente" que tenha presenciado ou praticado qualquer tipo de violência contra os acusados ouvidos à época. E lembrou que, além dele, havia outras pessoas na sala de audiência.
De acordo com o promotor de Santo André, Roberto Wider, a fuga de Bozinho atrapalha o andamento do processo porque como fugitivo não poderá ser levado ao tribunal para ser julgado.
Fuga
A fuga na Penitenciária 1 de Franco da Rocha ocorreu na tarde de ontem, quando um grupo de presos rendeu funcionários de uma empresa terceirizada que trabalhavam em uma obra na cozinha da unidade.
Os presos, que carregavam uma arma, trocaram tiros com os agentes penitenciários. O agente de escolta e vigilância penitenciária Genivaldo Lourenço da Silva foi baleado e chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), seis presos conseguiram fugir, sendo que dois foram recapturados pouco depois.
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