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28/08/2006
-
22h43
KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza
A disputa pelo uso da imagem e da fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no horário eleitoral foi o motivo, segundo o prefeito de Iguatu (a 400 km de Fortaleza), Agenor Neto, para que ele fosse espancado por um grupo de 15 a 20 pessoas, na noite da última sexta-feira.
Agenor é aliado do candidato à reeleição Lúcio Alcântara (PSDB) e se desfiliou do PSDB na semana passada para lançar o primeiro comitê Lula-Lúcio no Estado.
Segundo ele, a agressão foi comandada por pessoas ligadas ao seu principal adversário na cidade, o deputado estadual Marcelo Sobreira (PSB), que defende as candidaturas de Lula e de Cid Gomes (PSB). Um vereador e um primo do deputado chegaram a ser presos, no sábado pela manhã, e só foram liberados hoje. Outras quatro pessoas também tiveram a prisão preventiva decretada.
O advogado do grupo, Hélio Leitão, disse que alguns dos acusados nem estavam na cidade no momento da briga e que ainda é cedo para prisões, pois a investigação está apenas no começo.
Além de Agenor, foram agredidos o vice-prefeito e o chefe de gabinete. Eles receberam tapas, socos e chutes e sofreram cortes e lesões leves. Em solidariedade ao prefeito, Lúcio suspendeu sua agenda política no sábado e foi a Iguatu, onde participou de uma caminhada "pela paz".
Há alguns dias, o próprio governador usou, em sua propaganda eleitoral, uma foto e uma gravação de Lula, em que o presidente exaltava sua "lealdade". Depois disso, a Justiça Eleitoral proibiu qualquer vínculo de Lúcio com Lula.
Para burlar a proibição, porém, um partido que não está na coligação do PSDB, o PRP, passou a veicular, no horário reservado aos candidatos a deputado estadual, na TV, a fala do presidente e a mesma foto, dizendo que o partido apóia as candidaturas de Lula e Lúcio. Os advogados da coligação de Cid já entraram com um pedido de liminar para suspender a exibição dessa propaganda.
Em plena disputa pela vinculação de sua imagem com a de Lula, hoje o governador suspendeu quase todas as suas atividades de campanha para seguir a Brasília, onde foi recebido em uma audiência pelo presidente. O encontro foi filmado por uma TV do Ceará.
Todo esse esforço para se ligar a Lula, e, assim, se afastar de Geraldo Alckmin (PSDB), é explicado pelos números da última pesquisa do Datafolha, divulgados na sexta-feira: Lúcio caiu sete pontos e está com 37% das intenções de voto, atrás de Cid, que cresceu 15 pontos e está com 50%. Cid cresceu principalmente entre os que afirmam votar em Lula. Na pesquisa anterior, Lúcio tinha 44% e Cid, 35%.
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da Agência Folha, em Fortaleza
A disputa pelo uso da imagem e da fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no horário eleitoral foi o motivo, segundo o prefeito de Iguatu (a 400 km de Fortaleza), Agenor Neto, para que ele fosse espancado por um grupo de 15 a 20 pessoas, na noite da última sexta-feira.
Agenor é aliado do candidato à reeleição Lúcio Alcântara (PSDB) e se desfiliou do PSDB na semana passada para lançar o primeiro comitê Lula-Lúcio no Estado.
Segundo ele, a agressão foi comandada por pessoas ligadas ao seu principal adversário na cidade, o deputado estadual Marcelo Sobreira (PSB), que defende as candidaturas de Lula e de Cid Gomes (PSB). Um vereador e um primo do deputado chegaram a ser presos, no sábado pela manhã, e só foram liberados hoje. Outras quatro pessoas também tiveram a prisão preventiva decretada.
O advogado do grupo, Hélio Leitão, disse que alguns dos acusados nem estavam na cidade no momento da briga e que ainda é cedo para prisões, pois a investigação está apenas no começo.
Além de Agenor, foram agredidos o vice-prefeito e o chefe de gabinete. Eles receberam tapas, socos e chutes e sofreram cortes e lesões leves. Em solidariedade ao prefeito, Lúcio suspendeu sua agenda política no sábado e foi a Iguatu, onde participou de uma caminhada "pela paz".
Há alguns dias, o próprio governador usou, em sua propaganda eleitoral, uma foto e uma gravação de Lula, em que o presidente exaltava sua "lealdade". Depois disso, a Justiça Eleitoral proibiu qualquer vínculo de Lúcio com Lula.
Para burlar a proibição, porém, um partido que não está na coligação do PSDB, o PRP, passou a veicular, no horário reservado aos candidatos a deputado estadual, na TV, a fala do presidente e a mesma foto, dizendo que o partido apóia as candidaturas de Lula e Lúcio. Os advogados da coligação de Cid já entraram com um pedido de liminar para suspender a exibição dessa propaganda.
Em plena disputa pela vinculação de sua imagem com a de Lula, hoje o governador suspendeu quase todas as suas atividades de campanha para seguir a Brasília, onde foi recebido em uma audiência pelo presidente. O encontro foi filmado por uma TV do Ceará.
Todo esse esforço para se ligar a Lula, e, assim, se afastar de Geraldo Alckmin (PSDB), é explicado pelos números da última pesquisa do Datafolha, divulgados na sexta-feira: Lúcio caiu sete pontos e está com 37% das intenções de voto, atrás de Cid, que cresceu 15 pontos e está com 50%. Cid cresceu principalmente entre os que afirmam votar em Lula. Na pesquisa anterior, Lúcio tinha 44% e Cid, 35%.
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