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29/08/2006 - 08h42

Integrantes do MST e índios bloqueiam rodovias em dois Estados

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da Agência Folha

Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na Paraíba bloquearam ontem a BR-230 perto do município de Condado (346 km de João Pessoa).

Cerca de 50 pessoas participaram da ação, segundo a Polícia Rodoviária Federal. A interdição começou por volta das 6h e durou todo do dia.

Ambulâncias e veículos de transporte de passageiros eram liberados. De uma em um hora os sem-terra liberavam a passagem dos demais veículos.

A coordenação do MST no Estado informou que o bloqueio foi uma reação à ordem judicial de despejo dos sem-terra acampados à margem da rodovia, que deveria ser executada hoje com auxílio da força policial.

Índios

No Espírito Santo, cerca de 50 índios bloquearam ontem a rodovia ES-010 no distrito de Coqueiral, em Aracruz (92 km de Vitória), das 6h às 11h30.

Eles exigiam informações sobre a situação de índios presos em flagrante no início do mês, acusados de furtar madeira de uma área da Aracruz Celulose na região.

O bloqueio foi desfeito depois de a chefe do posto da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Aracruz, Edelvira Tureta, se comprometer a prestar ajuda aos índios.

Índios das etnias guarani e tupiniquim reivindicam a desapropriação de terras da Aracruz na região, com base num estudo antropológico da Funai produzido em 1997.

O caso está no Ministério da Justiça e a Funai enviou ao ministério uma recomendação para que a reserva indígena em Aracruz seja ampliada em 11 mil hectares, o que abrangeria terras da empresa.

Em nota divulgada ontem, a direção da Aracruz informou que começou a comprar terras no norte do Espírito Santo em meados da década de 1960, "e o fez diretamente dos seus legítimos proprietários ou possuidores, de acordo com documentação comprobatória da cadeia fundiária".

A Aracruz contesta o estudo produzido pela Funai. "Existem registros históricos de que os índios tupiniquins e guaranis não habitavam aquelas terras nem em tempos imemoriais, já que ocupavam o norte do Espírito Santo, a partir do rio Cricaré, hoje rio São Mateus, distante 140 km da área reivindicada."

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