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30/08/2006
-
18h51
ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Depois do candidato do PDT à Presidência, Cristovam Buarque, praticamente admitir nesta terça-feira que não tem chances de vencer a corrida ao Palácio do Planalto, hoje foi a vez do candidato a vice-presidente na chapa do pedetista, Jefferson Peres (AM), jogar a toalha. Em um duro discurso na tribuna do Senado, Peres disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ganhar já no primeiro turno.
"Como ter animação em um país como este com um presidente que, até poucos meses atrás, era sabidamente --como o é-- um presidente conivente com um dos piores escândalos de corrupção que já aconteceu no Brasil, e este presidente está marchando para ser eleito, talvez, em primeiro turno? É desinformação da população? Não, não é", criticou.
Peres se disse desiludido com o Congresso Nacional e adiantou aos poucos parlamentares presentes no plenário esta tarde que desistiu da vida pública. "Não me candidatarei em 2010, não quero mais viver a vida pública. Vou cumprir o mandato que o povo do Amazonas me deu, não vou silenciar. Ele [Lula] pode ser eleito com 99,9%. Eu estarei aí na tribuna dizendo que ele deveria ter sido mesmo destituído", enfatizou.
Peres também fez críticas diretamente ao Congresso, a quem chamou de "medíocre". Disse que foi "o pior" entre os quais já integrou. "Este é o país do faz de conta. Estamos fingindo que fazemos uma sessão do Senado, estamos em casa sem trabalhar. Estou em Manaus há quase um mês, recebendo, sem fazer nada para o Congresso Nacional, pelo menos", afirmou.
Segundo o senador, o Brasil vive hoje uma crise ética não apenas entre os políticos, mas em toda a sociedade. "Curvo-me à vontade popular, mas inconformado. Esta será uma das eleições mais decepcionantes da minha vida."
Crítica
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), que apóia a candidatura de Geraldo Alckmin, considerou o discurso de Peres no que se refere à reeleição de Lula totalmente "inadequado e inconveniente". Segundo o líder, a eleição só será definida no dia 1º de outubro.
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Depois do candidato do PDT à Presidência, Cristovam Buarque, praticamente admitir nesta terça-feira que não tem chances de vencer a corrida ao Palácio do Planalto, hoje foi a vez do candidato a vice-presidente na chapa do pedetista, Jefferson Peres (AM), jogar a toalha. Em um duro discurso na tribuna do Senado, Peres disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ganhar já no primeiro turno.
"Como ter animação em um país como este com um presidente que, até poucos meses atrás, era sabidamente --como o é-- um presidente conivente com um dos piores escândalos de corrupção que já aconteceu no Brasil, e este presidente está marchando para ser eleito, talvez, em primeiro turno? É desinformação da população? Não, não é", criticou.
Peres se disse desiludido com o Congresso Nacional e adiantou aos poucos parlamentares presentes no plenário esta tarde que desistiu da vida pública. "Não me candidatarei em 2010, não quero mais viver a vida pública. Vou cumprir o mandato que o povo do Amazonas me deu, não vou silenciar. Ele [Lula] pode ser eleito com 99,9%. Eu estarei aí na tribuna dizendo que ele deveria ter sido mesmo destituído", enfatizou.
Peres também fez críticas diretamente ao Congresso, a quem chamou de "medíocre". Disse que foi "o pior" entre os quais já integrou. "Este é o país do faz de conta. Estamos fingindo que fazemos uma sessão do Senado, estamos em casa sem trabalhar. Estou em Manaus há quase um mês, recebendo, sem fazer nada para o Congresso Nacional, pelo menos", afirmou.
Segundo o senador, o Brasil vive hoje uma crise ética não apenas entre os políticos, mas em toda a sociedade. "Curvo-me à vontade popular, mas inconformado. Esta será uma das eleições mais decepcionantes da minha vida."
Crítica
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), que apóia a candidatura de Geraldo Alckmin, considerou o discurso de Peres no que se refere à reeleição de Lula totalmente "inadequado e inconveniente". Segundo o líder, a eleição só será definida no dia 1º de outubro.
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