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10/09/2006
-
15h46
ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Os candidatos à Presidência da República justificam o uso dos "mantras" com o argumento de que as frases de efeito são necessárias para que os eleitores tenham conhecimento de suas propostas. Mas nem todos os políticos concordam com a repetição das mesmas idéias na campanha.
Para o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), os eleitores buscam muito mais do que simples frases de efeito.
"Eles são marqueteiros de si próprios. Mas em geral, de má qualidade. É melhor ser criativo, espontâneo, do que ficar repetindo bordão. Isso só funciona para locutor de jogador de futebol", disse.
Já o líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), admite que as frases de efeito acabam contaminando as campanhas dos candidatos diante da quantidade de discursos e eventos pré-eleitorais. "Qualquer campanha majoritária é um castigo. O candidato repete sempre o mesmo discurso", disse.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), criticou o principal "mantra" escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Virgílio, Lula esqueceu que as investigações contra a corrupção tiveram início no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Não foi ele quem inventou a Controladoria Geral da União, que é obra do governo FHC. Ele se esquece do trabalho do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) no governo passado. Lula recebeu instrumentos para agir e a Polícia Federal tem agido por isso", criticou.
Já sobre o bordão de Geraldo Alckmin, de que a "virada rumo à vitória" em sua candidatura está começando agora, Virgílio disse que o candidato quer apenas expressar a esperança da vitória com o início do horário eleitoral no rádio e na TV. "Se essa esperança não se confirmar é porque o povo não quis. Mas ele não falou nenhuma tolice", minimizou o líder.
O vice-líder do PT na Câmara, deputado Carlito Merss (SC), saiu em defesa de Lula. O deputado se referiu, em especial, ao bordão do presidente sobre o crescimento do país com distribuição de renda. Segundo Merss, esse deve sim ser o mote da campanha de Lula. "É isso que o povo entendeu. Por isso o PT está condicionado a repetir", afirmou.
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Os candidatos à Presidência da República justificam o uso dos "mantras" com o argumento de que as frases de efeito são necessárias para que os eleitores tenham conhecimento de suas propostas. Mas nem todos os políticos concordam com a repetição das mesmas idéias na campanha.
Para o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), os eleitores buscam muito mais do que simples frases de efeito.
"Eles são marqueteiros de si próprios. Mas em geral, de má qualidade. É melhor ser criativo, espontâneo, do que ficar repetindo bordão. Isso só funciona para locutor de jogador de futebol", disse.
Já o líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), admite que as frases de efeito acabam contaminando as campanhas dos candidatos diante da quantidade de discursos e eventos pré-eleitorais. "Qualquer campanha majoritária é um castigo. O candidato repete sempre o mesmo discurso", disse.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), criticou o principal "mantra" escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Virgílio, Lula esqueceu que as investigações contra a corrupção tiveram início no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Não foi ele quem inventou a Controladoria Geral da União, que é obra do governo FHC. Ele se esquece do trabalho do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) no governo passado. Lula recebeu instrumentos para agir e a Polícia Federal tem agido por isso", criticou.
Já sobre o bordão de Geraldo Alckmin, de que a "virada rumo à vitória" em sua candidatura está começando agora, Virgílio disse que o candidato quer apenas expressar a esperança da vitória com o início do horário eleitoral no rádio e na TV. "Se essa esperança não se confirmar é porque o povo não quis. Mas ele não falou nenhuma tolice", minimizou o líder.
O vice-líder do PT na Câmara, deputado Carlito Merss (SC), saiu em defesa de Lula. O deputado se referiu, em especial, ao bordão do presidente sobre o crescimento do país com distribuição de renda. Segundo Merss, esse deve sim ser o mote da campanha de Lula. "É isso que o povo entendeu. Por isso o PT está condicionado a repetir", afirmou.
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