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12/09/2006 - 20h06

Assembléia do Paraná suspende sessões para evitar CPI do grampo antes das eleições

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MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba

A Assembléia Legislativa do Paraná aprovou a instalação de uma CPI para elucidar qual a relação do governo de Roberto Requião (PMDB) com o policial civil preso semana passada sob acusação de chefiar uma quadrilha de arapongas. Mas uma manobra da base aliada de Requião adiou a instalação para depois da eleição de primeiro turno.

A oposição a Requião conseguiu reunir ontem as 18 assinaturas suficientes para aprovar a CPI, e hoje, sem acordo prévio das lideranças, a Mesa Diretora conseguiu aprovar a suspensão dos trabalhos da Casa até 4 de outubro.

Em outra investida da oposição, o deputado estadual José Domingos Scarpellini (PSB) protocolou pedido de impugnação da candidatura de Requião à reeleição, baseado nas suspeitas de grampo a mando do governo.

O investigador de polícia preso a pedido do Ministério Público do Estado, Délcio Augusto Rasera, estava lotado na Casa Civil do governo e seu cartão de visita o relacionava ao gabinete do governador. No ano passado, Requião deu ordens para o Conselho da Polícia Civil arquivar quatro processos disciplinares contra Rasera.

"Precisamos descobrir quem é o verdadeiro chefe da quadrilha", disse o líder da oposição e autor da proposta da "CPI do Grampo", Valdir Rossoni (PSDB). O deputado estadual não confirma se suspeita do governador licenciado. Diz que, neste caso, "todos que trabalhavam no Palácio Iguaçu [sede do governo paranaense] são suspeitos até que se prove o contrário".

Rossoni chamou de "golpe" a decisão de hoje da Mesa Diretora da Assembléia de suspender os trabalhos. Requião concorre à reeleição e pode vencer no primeiro turno, segundo as pesquisas. Ele controla a maioria dos 54 deputados estaduais.

O líder do governo na Assembléia, Dobrandino da Silva (PMDB), classificou a CPI de "mais um barulho político da oposição". Ele disse que o governo colabora com as investigações "e quer os culpados punidos". Silva nega manobra na suspensão da Assembléia. Afirma que não haveria tempo para os prazos exigidos no processo, antes de 1º de outubro.

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