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13/09/2006
-
08h38
da Agência Folha, em Campo Grande
da Agência Folha
Sem-terra ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram ontem e anteontem prédios do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em três capitais brasileiras e bloquearam duas rodovias federais em Mato Grosso.
Em protesto contra a interrupção do fornecimento de cestas básicas do Fome Zero a famílias acampadas, o movimento invadiu ontem a sede do Incra em Cuiabá (MT).
Segundo informações do Incra, o MST ameaça invadir também o prédio da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em Rondonópolis (MT), que compra os alimentos para as cestas básicas, cuja distribuição não ocorre desde o início deste ano.
Dojival Francisco dos Santos, coordenador do MST em Mato Grosso, disse que existe uma pauta nacional de reivindicações, motivada pelo que o movimento considera atraso no processo de reforma agrária e na distribuição das cestas.
Santos disse que são 3.600 famílias de sem-terra acampadas em Mato Grosso. "A meta era assentar 2.200 neste ano, mas até agora foram só 70."
Cerca de 80 pessoas invadiram o prédio do Incra e ao menos 200 fecharam as rodovias BR-163 em Sinop (ao norte do Mato Grosso) e BR-070, próximo à fronteira com a Bolívia.
O superintendente do Incra, Leonel Wohlfahrt, disse que 256 famílias do MST foram assentadas neste ano e que a meta de 2.200 será alcançada com a desapropriação de ao menos seis fazendas.
Segundo ele, a entrega de cestas básicas atrasou devido à demora na votação do Orçamento. "Devem ter disponibilizado [as verbas] para Conab em junho. Tem que fazer todo o processo de licitação para adquirir [os alimentos]. Isso deve ter enrolado [a distribuição de alimentos]", disse Wohlfahrt.
A assessoria do Incra em Brasília informou que não há atraso na distribuição da cestas.
Em Porto Alegre (RS), cerca de 300 integrantes do MST invadiram o prédio onde ficam as dependências do Incra, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Ministério da Agricultura.
O movimento exige das autoridades o assentamento das 2.500 famílias espalhadas por acampamentos no Estado.
Para isso, busca pressionar o Incra para que haja maior celeridade no processo de desapropriação de nove áreas que já estão em negociação.
Houve também invasão do Incra em Goiânia (GO), ocorrida anteontem. Cerca de 500 integrantes do MST integraram a ação, com objetivo de pressionar por maior agilidade nos processos para criação de assentamentos no Estado.
Os sem-terra permaneceram no prédio das 8h30 às 20h. Após negociarem a saída com a superintendência regional do órgão, retornaram para o acampamento montado há seis meses em volta do prédio.
Em Santa Catarina, sem-terra ligados ao movimento realizaram uma manifestação em frente a um prédio do Incra em Chapecó (587 km de Florianópolis), que não chegou a ser invadido. Segundo a assessoria do movimento, cerca de 150 pessoas participaram do ato.
Da mesma forma como no Rio Grande do Sul, a principal queixa dos agricultores é a demora na criação de assentamentos para os acampados do movimento.
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da Agência Folha
Sem-terra ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram ontem e anteontem prédios do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em três capitais brasileiras e bloquearam duas rodovias federais em Mato Grosso.
Em protesto contra a interrupção do fornecimento de cestas básicas do Fome Zero a famílias acampadas, o movimento invadiu ontem a sede do Incra em Cuiabá (MT).
Segundo informações do Incra, o MST ameaça invadir também o prédio da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em Rondonópolis (MT), que compra os alimentos para as cestas básicas, cuja distribuição não ocorre desde o início deste ano.
Dojival Francisco dos Santos, coordenador do MST em Mato Grosso, disse que existe uma pauta nacional de reivindicações, motivada pelo que o movimento considera atraso no processo de reforma agrária e na distribuição das cestas.
Santos disse que são 3.600 famílias de sem-terra acampadas em Mato Grosso. "A meta era assentar 2.200 neste ano, mas até agora foram só 70."
Cerca de 80 pessoas invadiram o prédio do Incra e ao menos 200 fecharam as rodovias BR-163 em Sinop (ao norte do Mato Grosso) e BR-070, próximo à fronteira com a Bolívia.
O superintendente do Incra, Leonel Wohlfahrt, disse que 256 famílias do MST foram assentadas neste ano e que a meta de 2.200 será alcançada com a desapropriação de ao menos seis fazendas.
Segundo ele, a entrega de cestas básicas atrasou devido à demora na votação do Orçamento. "Devem ter disponibilizado [as verbas] para Conab em junho. Tem que fazer todo o processo de licitação para adquirir [os alimentos]. Isso deve ter enrolado [a distribuição de alimentos]", disse Wohlfahrt.
A assessoria do Incra em Brasília informou que não há atraso na distribuição da cestas.
Em Porto Alegre (RS), cerca de 300 integrantes do MST invadiram o prédio onde ficam as dependências do Incra, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Ministério da Agricultura.
O movimento exige das autoridades o assentamento das 2.500 famílias espalhadas por acampamentos no Estado.
Para isso, busca pressionar o Incra para que haja maior celeridade no processo de desapropriação de nove áreas que já estão em negociação.
Houve também invasão do Incra em Goiânia (GO), ocorrida anteontem. Cerca de 500 integrantes do MST integraram a ação, com objetivo de pressionar por maior agilidade nos processos para criação de assentamentos no Estado.
Os sem-terra permaneceram no prédio das 8h30 às 20h. Após negociarem a saída com a superintendência regional do órgão, retornaram para o acampamento montado há seis meses em volta do prédio.
Em Santa Catarina, sem-terra ligados ao movimento realizaram uma manifestação em frente a um prédio do Incra em Chapecó (587 km de Florianópolis), que não chegou a ser invadido. Segundo a assessoria do movimento, cerca de 150 pessoas participaram do ato.
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