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17/09/2006
-
20h10
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, acusou petistas de utilizarem "dinheiro do submundo do crime" para comprar um dossiê contra ele e o candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra. Em entrevista após um comício em Taguatinga, cidade satélite a 20 Km de Brasília, Alckmin disse que a política não pode ser transformada numa ação criminosa.
"Estamos indo para trás nessa questão da ética. Primeiro R$ 11 milhões desapareceram da Secom (Secretaria de Comunicação do governo), depois surge a denúncia de R$ 56 milhões foram repassados do governo para ONGs ligadas ao PT e agora, dinheiro sujo, do submundo do crime, aparece ligado a petistas. Não é possível. Política não pode virar uma ação criminosa", disse.
Antes de Alckmin, o vice na chapa do tucano, senador José Jorge (PFL), questionou, em discurso no comício, se o dinheiro não veio do PCC (facção criminosa de São Paulo). "De onde será que saiu o dinheiro? Ninguém sabe de onde veio, será que veio do PCC? A cada dia nesse governo se conta uma mentira, uma história diferente", afirmou.
Ainda sobre o assunto, o candidato José Serra disse que é "lamentável" que o dinheiro apreendido pela Polícia Federal --R$ 1,7 milhão-- não tenha sido liberado para imagem e os "criminosos não tenham sido apresentados". "É preciso saber de onde veio o dinheiro e quem está por trás disso. Por enquanto só pegaram bagrinho, precisa saber quem são os peixes grandes", disse.
Congresso
Geraldo Alckmin chamou o presidente Lula de autoritário por terá afirmado, durante um jantar com empresários na última semana, que as vezes tinha vontade de fechar o Congresso "para fazer o que é preciso". "Isso mostra o perfil totalmente autoritário do governo. Quantas pessoas foram presas, morreram para que tivéssemos um regime democrático?", disse.
Na avaliação do tucano, o comentário de Lula --relatado por um empresário que esteve na reunião-- também revela que o petista não tem condições de fazer as reforma que o pais precisa. O tucano ainda rebateu a declaração do presidente Lula hoje, que comparou os tucanos aos animais predadores. "Ele está arrogante, subiu no salto número 15, mas com risco de quebrar o salto. Mas tudo mostra uma mudança em curso. Vamos ter segundo turno. Tenho certeza que o Brasil não vai ficar quatro anos esperando até 2010 para ter governo", disse.
Apelo
No discurso para cerca de 30 mil pessoas, segundo a Polícia Militar do DF, Alckmin pediu a Deus que "acenda uma luz na consciência de cada brasileiro" para que haja segundo turno. Ele disse que o governo atual não pode ser reeleito porque o dinheiro cobrado de impostos não vai para a educação, mas sim para "mensalão, cuecão e vampirão".
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Alckmin diz que dinheiro do PT para comprar dossiê vem do crime
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da Folha Online, em Brasília
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, acusou petistas de utilizarem "dinheiro do submundo do crime" para comprar um dossiê contra ele e o candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra. Em entrevista após um comício em Taguatinga, cidade satélite a 20 Km de Brasília, Alckmin disse que a política não pode ser transformada numa ação criminosa.
"Estamos indo para trás nessa questão da ética. Primeiro R$ 11 milhões desapareceram da Secom (Secretaria de Comunicação do governo), depois surge a denúncia de R$ 56 milhões foram repassados do governo para ONGs ligadas ao PT e agora, dinheiro sujo, do submundo do crime, aparece ligado a petistas. Não é possível. Política não pode virar uma ação criminosa", disse.
Antes de Alckmin, o vice na chapa do tucano, senador José Jorge (PFL), questionou, em discurso no comício, se o dinheiro não veio do PCC (facção criminosa de São Paulo). "De onde será que saiu o dinheiro? Ninguém sabe de onde veio, será que veio do PCC? A cada dia nesse governo se conta uma mentira, uma história diferente", afirmou.
Ainda sobre o assunto, o candidato José Serra disse que é "lamentável" que o dinheiro apreendido pela Polícia Federal --R$ 1,7 milhão-- não tenha sido liberado para imagem e os "criminosos não tenham sido apresentados". "É preciso saber de onde veio o dinheiro e quem está por trás disso. Por enquanto só pegaram bagrinho, precisa saber quem são os peixes grandes", disse.
Congresso
Geraldo Alckmin chamou o presidente Lula de autoritário por terá afirmado, durante um jantar com empresários na última semana, que as vezes tinha vontade de fechar o Congresso "para fazer o que é preciso". "Isso mostra o perfil totalmente autoritário do governo. Quantas pessoas foram presas, morreram para que tivéssemos um regime democrático?", disse.
Na avaliação do tucano, o comentário de Lula --relatado por um empresário que esteve na reunião-- também revela que o petista não tem condições de fazer as reforma que o pais precisa. O tucano ainda rebateu a declaração do presidente Lula hoje, que comparou os tucanos aos animais predadores. "Ele está arrogante, subiu no salto número 15, mas com risco de quebrar o salto. Mas tudo mostra uma mudança em curso. Vamos ter segundo turno. Tenho certeza que o Brasil não vai ficar quatro anos esperando até 2010 para ter governo", disse.
Apelo
No discurso para cerca de 30 mil pessoas, segundo a Polícia Militar do DF, Alckmin pediu a Deus que "acenda uma luz na consciência de cada brasileiro" para que haja segundo turno. Ele disse que o governo atual não pode ser reeleito porque o dinheiro cobrado de impostos não vai para a educação, mas sim para "mensalão, cuecão e vampirão".
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