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22/09/2006
-
18h05
ANDREA CATÃO
da Folha Online
O candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra, afirmou que o PT "deu um tiro no próprio pé" no caso do dossiê contra tucanos encomendado por lideranças do partido. "Isso foi uma grande baixaria, que foi armada", disse Serra na tarde desta sexta-feira.
Serra afirmou ainda que ao procurarem envolvê-lo, bem como ao candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, à máfia das ambulâncias foi uma tentativa de melhorar o desempenho do candidato do PT ao governo do Estado, Aloizio Mercadante.
"Para alavancar uma candidatura estadual que já ia mal, criaram um caso que perturba muito a normalidade do processo eleitoral e a própria democracia no Brasil", afirmou o candidato, depois de ter participado de encontro com provedores de santas casas e hospitais beneficentes.
O dossiê foi preparado pelos Vedoin, proprietários da Planam, empresa apontada como chefe da máfia dos sanguessugas, a pedido do PT. Na semana passada, dois petistas foram presos em São Paulo pela Polícia Federal com R$ 1,7 milhão, dinheiro que provavelmente seria utilizado para comprar o documento.
Em depoimento na PF ontem, o empresário Luiz Antonio Vedoin, afirmou que o pedido dos petistas era para que fosse incluído o nome de Serra --que foi ministro da Saúde na gestão de Fernando Henrique Cardoso-- no dossiê.
Desde que o caso veio à tona, vários petistas foram afastados do governo e da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tenta a reeleição. O principal deles é o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, que coordenava a campanha de Lula.
Também foi afastado um dos coordenadores da campanha de Mercadante, Hamilton Lacerda, que teria oferecido a denúncia contra os tucanos a uma revista semanal e feito a ponte de uma entrevista com os Vedoin.
Recuo
José Serra disse que não considerou que o depoimento dado por Luiz Antonio Vedoin à PF, que contradisse a entrevista que tinha concedido na semana passada, possa ser considerado um recuo.
"Como não aconteceu nada daquilo que se dizia que tinha acontecido não pode ser classificado como recuo. Não havia nada. Sempre disse que não tinha dossiê", afirmou o candidato, que interrompeu de maneira brusca a entrevista que dava aos jornalistas no fim do encontro com provedores das santas casas sem qualquer motivo.
Saúde
Durante o evento que participou nesta tarde, Serra atacou o governo do presidente Lula ao dizer que a área da saúde foi deixada de lado.
Disse que "se arrisca" a perguntar para o Lula, "ao vivo", qual é o nome do ministro da saúde de seu governo. "Ele não vai saber responder", falou.
O atual ministro da Saúde é Agenor Álvares, que assumiu o cargo em abril depois da saída de Saraiva Felipe (PMDB-MG), que disputa uma vaga a deputado federal.
Ao dizer que Lula não saberia o nome do ministro, Serra se dirigiu ao auditório, com cerca de 450 pessoas, e perguntou que levantassem a mão os que soubessem o nome do ministro. Após a contagem, constatou-se que menos de 10 pessoas haviam se manifestado.
"Se nem as pessoas que trabalham na área da saúde [santas casas e hospitais beneficentes] sabem qual é o nome do ministro, é sinal de que a saúde neste governo foi deixada para o segundo plano."
Sem carro
Como hoje é o Dia Mundial Sem Carro, Serra cumpriu sua agenda de campanha na capital paulista se locomovendo de ônibus circular.
Por volta das 14h de hoje, ele embarcou em ônibus da linha Lapa-Socorro em direção à avenida Pompéia, onde foi realizado evento com o setor da saúde. Ao deixar o local, também seguiu em um coletivo até a sua residência.
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Serra afirma que PT "deu um tiro no próprio pé" ao querer comprar dossiê
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da Folha Online
O candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra, afirmou que o PT "deu um tiro no próprio pé" no caso do dossiê contra tucanos encomendado por lideranças do partido. "Isso foi uma grande baixaria, que foi armada", disse Serra na tarde desta sexta-feira.
Serra afirmou ainda que ao procurarem envolvê-lo, bem como ao candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, à máfia das ambulâncias foi uma tentativa de melhorar o desempenho do candidato do PT ao governo do Estado, Aloizio Mercadante.
"Para alavancar uma candidatura estadual que já ia mal, criaram um caso que perturba muito a normalidade do processo eleitoral e a própria democracia no Brasil", afirmou o candidato, depois de ter participado de encontro com provedores de santas casas e hospitais beneficentes.
O dossiê foi preparado pelos Vedoin, proprietários da Planam, empresa apontada como chefe da máfia dos sanguessugas, a pedido do PT. Na semana passada, dois petistas foram presos em São Paulo pela Polícia Federal com R$ 1,7 milhão, dinheiro que provavelmente seria utilizado para comprar o documento.
Em depoimento na PF ontem, o empresário Luiz Antonio Vedoin, afirmou que o pedido dos petistas era para que fosse incluído o nome de Serra --que foi ministro da Saúde na gestão de Fernando Henrique Cardoso-- no dossiê.
Desde que o caso veio à tona, vários petistas foram afastados do governo e da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tenta a reeleição. O principal deles é o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, que coordenava a campanha de Lula.
Também foi afastado um dos coordenadores da campanha de Mercadante, Hamilton Lacerda, que teria oferecido a denúncia contra os tucanos a uma revista semanal e feito a ponte de uma entrevista com os Vedoin.
Recuo
José Serra disse que não considerou que o depoimento dado por Luiz Antonio Vedoin à PF, que contradisse a entrevista que tinha concedido na semana passada, possa ser considerado um recuo.
"Como não aconteceu nada daquilo que se dizia que tinha acontecido não pode ser classificado como recuo. Não havia nada. Sempre disse que não tinha dossiê", afirmou o candidato, que interrompeu de maneira brusca a entrevista que dava aos jornalistas no fim do encontro com provedores das santas casas sem qualquer motivo.
Saúde
Durante o evento que participou nesta tarde, Serra atacou o governo do presidente Lula ao dizer que a área da saúde foi deixada de lado.
Disse que "se arrisca" a perguntar para o Lula, "ao vivo", qual é o nome do ministro da saúde de seu governo. "Ele não vai saber responder", falou.
O atual ministro da Saúde é Agenor Álvares, que assumiu o cargo em abril depois da saída de Saraiva Felipe (PMDB-MG), que disputa uma vaga a deputado federal.
Ao dizer que Lula não saberia o nome do ministro, Serra se dirigiu ao auditório, com cerca de 450 pessoas, e perguntou que levantassem a mão os que soubessem o nome do ministro. Após a contagem, constatou-se que menos de 10 pessoas haviam se manifestado.
"Se nem as pessoas que trabalham na área da saúde [santas casas e hospitais beneficentes] sabem qual é o nome do ministro, é sinal de que a saúde neste governo foi deixada para o segundo plano."
Sem carro
Como hoje é o Dia Mundial Sem Carro, Serra cumpriu sua agenda de campanha na capital paulista se locomovendo de ônibus circular.
Por volta das 14h de hoje, ele embarcou em ônibus da linha Lapa-Socorro em direção à avenida Pompéia, onde foi realizado evento com o setor da saúde. Ao deixar o local, também seguiu em um coletivo até a sua residência.
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