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26/09/2006 - 14h18

Lula ataca Alckmin e tucano explora ao máximo escândalos que envolvem PT

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ANDREA CATÃO
da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, atacou seu adversário Geraldo Alckmin, candidato do PSDB, na propaganda eleitoral veiculada na tarde desta terça-feira nas emissoras de televisão. Lula, porém, fez ataques indiretos, sem citar o nome do ex-governador de São Paulo. Alckmin, por sua vez, dedicou boa parte de seu programa para bater diretamente em Lula, explorando ao máximo a crise do dossiê.

O petista usou todo o programa para falar sobre segurança, a área mais vulnerável durante a gestão de Geraldo Alckmin no governo do Estado de São Paulo, por conta da onda de violência protagonizada pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O assunto foi tratado de maneira generalizada, mas só o Estado paulista foi citado nominalmente por Lula.

Depois de falar no aparelhamento da Polícia Federal, na contratação de mais agentes e da criação da força pública nacional e do gabinete de gestão integrada em seu governo, o presidente lembrou do PCC e afirmou que vai "lutar para acabar com o crime organizado".

"Vamos desmantelar essas organizações criminosas, porque segurança está acima dos interesses políticos", afirmou Lula, que completou que "não há mais espaço para demagogia".

Ao final, o locutor do programa petista disse que os brasileiros "sabem quem devia ter feito mais" pela segurança de São Paulo, cuja população "ficou refém do crime organizado".

Ligações

A propaganda de Geraldo Alckmin usou pelo menos metade do tempo disponível para atacar Lula. Foram feitas todas as ligações dos envolvidos no caso de compra do dossiê contra tucanos com o presidente Lula. Foi citado o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, afastado da coordenação da campanha de Lula tão logo o caso veio a público.

Não só a compra do dossiê foi explorada no horário do tucano. Foi lembrado, principalmente, o escândalo do mensalão, mostrando todos os ministros que caíram durante a crise, como José Dirceu (Casa Civil) e Antonio Palocci (Fazenda).

O caso da Operação Vampiro também foi citado, com o apresentador do programa anunciando o envolvimento do ex-ministro da Saúde Humberto Costa e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

Com tantos ataques dedicados ao presidente Lula, Alckmin fez ao final um resumo de suas propostas em vários Estados brasileiros, citando seus principais apoiadores com os respectivos depoimentos gravados em favor de sua candidatura.

A exemplo do que foi veiculado no horário eleitoral há 15 dias, José Serra (candidato ao governo de São Paulo), Aécio Neves (governador de Minas Gerais), o pefelista Paulo Souto (governador da Bahia) e o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, entre outras lideranças, apareceram no programa para pedir votos a Alckmin.

Segundo turno

Heloísa Helena (PSOL) e Cristovam Buarque (PDT) também atacaram o presidente Lula a respeito da crise do dossiê no horário eleitoral gratuito, mas com menor impacto, visto que têm pouco tempo disponível durante a propaganda eleitoral.

A senadora do PSOL voltou a pedir que seus eleitores consigam mais dois votos para a sua candidatura e também chamou a todos para que acompanhem o último debate entre os candidatos à Presidência, que será transmitido na noite de quinta-feira na Rede Globo.

Cristovam usou o tempo para mostrar o centro de qualificação dos trabalhadores da Força Sindical, ao lado do candidato a deputado federal Paulinho da Força, afirmando que, caso seja eleito, vai implementar centros do mesmo tipo em vários Estados brasileiros.

Fez também um apelo direto aos eleitores para que votem em seu projeto pela educação e, ao final, o locutor completou dizendo que "o voto no Cristovam ajuda a garantir o segundo turno".

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