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02/10/2006
-
16h06
da Folha Online
Levantamento preparado pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) aponta o PMDB e o PT como os partidos com as maiores bancadas na Câmara dos Deputados nessas eleições. O estudo também confirmou o prognóstico inicial de que as legendas mas vitimadas pelo "escândalo do mensalão", como o PP, PL e PTB, tenderiam a encolher.
A maior bancada da Câmara foi do PMDB, com 89 deputados, seguido pelo PT (83), PSDB e PFL, ambos com 65 parlamentares na Casa, e pelo PP, com 42 deputados. As menores bancadas (apenas 1 parlamentar) foram das legendas PT do B, PRB e PAN.
O PL e PTB terão, respectivamente, 23 e 22 representantes na Casa. Ao todo, os partidos que tiveram deputados citados no "mensalão" terão 87 deputados na Câmara, de um total de 513 parlamentares. Em 2002, as três legendas tinham eleito 101 representantes, um total que aumentou para 129 no decorrer da legislatura.
As legendas PL e PTB também não conseguiram cumprir as exigências da "cláusula de barreira" e tendem a perder força e poder político no Congresso: serão impedidos de presidir comissões, não terão direito aos recursos do Fundo Partidário nem terão tempo de TV.
A bancada do PT encolheu -- de 91 eleitos em 2002 para 83-- mas manteve sua força política, apesar de ter sido uma das legendas que mais foram alvo de críticas durante o "escândalo do mensalão".
Bolsa-Família beneficia petistas
Para Antônio Augusto de Queiroz, analista do Diap, os candidatos do PT se beneficiaram dos programas sociais do governo Luiz Inácio Lula da Silva, a exemplo do Bolsa-Família, considerada a principal "âncora de votos" do próprio presidente da República.
"Antes, o PT era eleito por razões ideológicas, pelos movimentos sociais que apoiavam os candidatos. Desta vez, os candidatos do partido não foram eleitos por essa agenda" diz Queiroz.
Na Bahia, os deputados eleitos pelo PT aumentaram de 7 para 8 entre 2002 e 2006, enquanto dobraram no caso do Ceará, de 2 para 4 entre as duas eleições. Em Pernambuco, saltaram de 3 para 5. No Amazonas, um dos maiores colégios eleitorais da região Norte, o PT local elegeu um deputado federal neste ano enquanto não teve representantes em 2002.
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Levantamento preparado pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) aponta o PMDB e o PT como os partidos com as maiores bancadas na Câmara dos Deputados nessas eleições. O estudo também confirmou o prognóstico inicial de que as legendas mas vitimadas pelo "escândalo do mensalão", como o PP, PL e PTB, tenderiam a encolher.
A maior bancada da Câmara foi do PMDB, com 89 deputados, seguido pelo PT (83), PSDB e PFL, ambos com 65 parlamentares na Casa, e pelo PP, com 42 deputados. As menores bancadas (apenas 1 parlamentar) foram das legendas PT do B, PRB e PAN.
O PL e PTB terão, respectivamente, 23 e 22 representantes na Casa. Ao todo, os partidos que tiveram deputados citados no "mensalão" terão 87 deputados na Câmara, de um total de 513 parlamentares. Em 2002, as três legendas tinham eleito 101 representantes, um total que aumentou para 129 no decorrer da legislatura.
As legendas PL e PTB também não conseguiram cumprir as exigências da "cláusula de barreira" e tendem a perder força e poder político no Congresso: serão impedidos de presidir comissões, não terão direito aos recursos do Fundo Partidário nem terão tempo de TV.
A bancada do PT encolheu -- de 91 eleitos em 2002 para 83-- mas manteve sua força política, apesar de ter sido uma das legendas que mais foram alvo de críticas durante o "escândalo do mensalão".
Bolsa-Família beneficia petistas
Para Antônio Augusto de Queiroz, analista do Diap, os candidatos do PT se beneficiaram dos programas sociais do governo Luiz Inácio Lula da Silva, a exemplo do Bolsa-Família, considerada a principal "âncora de votos" do próprio presidente da República.
"Antes, o PT era eleito por razões ideológicas, pelos movimentos sociais que apoiavam os candidatos. Desta vez, os candidatos do partido não foram eleitos por essa agenda" diz Queiroz.
Na Bahia, os deputados eleitos pelo PT aumentaram de 7 para 8 entre 2002 e 2006, enquanto dobraram no caso do Ceará, de 2 para 4 entre as duas eleições. Em Pernambuco, saltaram de 3 para 5. No Amazonas, um dos maiores colégios eleitorais da região Norte, o PT local elegeu um deputado federal neste ano enquanto não teve representantes em 2002.
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