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09/10/2006
-
18h35
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), candidato derrotado no primeiro turno à Presidência da República, criticou nesta segunda-feira a ausência de discussões sobre propostas de governo no debate entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), realizado neste domingo pela TV Bandeirantes.
Na opinião do senador, os dois candidatos concentraram as discussões no tema corrupção por não terem "diferenças substanciais" entre as suas propostas e governo.
"Faltou Brasil, me pareceu um debate para escolher governador de São Paulo. As duas propostas têm o mesmo conceito de Brasil", criticou.
Cristovam disse que Alckmin o surpreendeu "positivamente" e que o candidato tucano foi mais "firme" que Lula. O presidente, na opinião do senador, estava visivelmente nervoso no início do debate. Cristovam evitou, no entanto, escolher um "vencedor" do debate.
Apoio
Sobre o apoio do PDT no segundo turno das eleições, o senador manteve o mistério. Cristovam disse que a posição do partido será conhecida na próxima segunda-feira, quando o presidente do PDT, Carlos Luppi, deve anunciar o apoio a Lula ou Alckmin.
O senador disse que vai aceitar a escolha do partido e garantiu não ter mágoas de Lula --mesmo com o seu afastamento do Ministério da Educação no início de 2004.
"Se o partido decidir, eu não fico desconfortável com nenhuma alternativa. Mágoa a gente tem de namorada. De chefe, a gente tem frustração", afirmou.
Segundo Cristovam, os filiados do PDT estão divididos sobre a decisão do partido. "Entre os meus eleitores, 20% defendem o voto nulo. Outros 40% preferem o Alckmin e outros 40% o Lula. De qualquer maneira, vamos perder 60% dos eleitores", disse.
O senador afirmou que o PDT não vai manter-se neutro na disputa ao segundo turno. "A possibilidade mais remota é a neutralidade. O PDT foi o partido que mais lutou para o segundo turno e agora é o mais prejudicado, já que fizemos oposição aos dois", reconheceu.
Cristovam disse que o fato decisivo para o apoio do partido será a receptividade de cada candidato às condições impostas pelo PDT. "Estamos esperando as respostas dos dois", disse.
Entre as condições apresentadas pelo partido, estão medidas como o compromisso do candidato em não privatizar empresas estatais, criar um piso nacional para professores e garantir apoio à educação de base.
Ele disse que conversou neste domingo, por telefone, com o governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), coordenador informal da campanha de Lula. O candidato Alckmin também telefonou para o senador na semana passada, um dia depois do primeiro turno das eleições.
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Cristovam critica ausência de propostas no debate
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da Folha Online, em Brasília
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), candidato derrotado no primeiro turno à Presidência da República, criticou nesta segunda-feira a ausência de discussões sobre propostas de governo no debate entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), realizado neste domingo pela TV Bandeirantes.
Na opinião do senador, os dois candidatos concentraram as discussões no tema corrupção por não terem "diferenças substanciais" entre as suas propostas e governo.
"Faltou Brasil, me pareceu um debate para escolher governador de São Paulo. As duas propostas têm o mesmo conceito de Brasil", criticou.
Cristovam disse que Alckmin o surpreendeu "positivamente" e que o candidato tucano foi mais "firme" que Lula. O presidente, na opinião do senador, estava visivelmente nervoso no início do debate. Cristovam evitou, no entanto, escolher um "vencedor" do debate.
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Sobre o apoio do PDT no segundo turno das eleições, o senador manteve o mistério. Cristovam disse que a posição do partido será conhecida na próxima segunda-feira, quando o presidente do PDT, Carlos Luppi, deve anunciar o apoio a Lula ou Alckmin.
O senador disse que vai aceitar a escolha do partido e garantiu não ter mágoas de Lula --mesmo com o seu afastamento do Ministério da Educação no início de 2004.
"Se o partido decidir, eu não fico desconfortável com nenhuma alternativa. Mágoa a gente tem de namorada. De chefe, a gente tem frustração", afirmou.
Segundo Cristovam, os filiados do PDT estão divididos sobre a decisão do partido. "Entre os meus eleitores, 20% defendem o voto nulo. Outros 40% preferem o Alckmin e outros 40% o Lula. De qualquer maneira, vamos perder 60% dos eleitores", disse.
O senador afirmou que o PDT não vai manter-se neutro na disputa ao segundo turno. "A possibilidade mais remota é a neutralidade. O PDT foi o partido que mais lutou para o segundo turno e agora é o mais prejudicado, já que fizemos oposição aos dois", reconheceu.
Cristovam disse que o fato decisivo para o apoio do partido será a receptividade de cada candidato às condições impostas pelo PDT. "Estamos esperando as respostas dos dois", disse.
Entre as condições apresentadas pelo partido, estão medidas como o compromisso do candidato em não privatizar empresas estatais, criar um piso nacional para professores e garantir apoio à educação de base.
Ele disse que conversou neste domingo, por telefone, com o governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), coordenador informal da campanha de Lula. O candidato Alckmin também telefonou para o senador na semana passada, um dia depois do primeiro turno das eleições.
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