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12/10/2006
-
19h10
da Folha Online
O PDT deve anunciar na segunda-feira sua posição oficial neste segundo turno das eleições presidenciais. Para escolher entre apoiar oficialmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o adversário Geraldo Alckmin (PSDB), o PDT pediu para as duas campanhas responderem a uma consulta do partido sobre compromissos programáticos.
Entre os quatro compromissos listados pelo PDT está a definição de metas para a implementação da educação em tempo integral no ensino fundamental em todo o país, bandeira levantada durante toda a campanha do candidato do partido, Cristovam Buarque, no primeiro turno.
Em seguida, o partido inclui como condições para o apoio no segundo turno a garantia da manutenção dos atuais direitos trabalhistas, mesmo sendo feita uma reforma da legislação; a não privatização de nenhuma estatal e uma política desenvolvimentista voltada para os pequenos e médios empresários.
Veja a resposta enviada por Lula:
"Circunstâncias políticas impediram que o PDT e o PT pudessem marchar unidos no primeiro turno da eleição presidencial deste ano, ainda que tenhamos participado conjuntamente em várias disputas estaduais.
Não foi possível repetir em 2006 as alianças que soubemos construir no segundo turno das eleições de 1989 e 94, no primeiro turno de 1998, quando tive a honra de ter Leonel Brizola como meu companheiro de chapa, e no segundo turno de 2002.
Em todas essas ocasiões o que nos aproximou não foram conveniências eleitorais mas fortes convergências programáticas, que não creio tenham desaparecido. Ao contrário, a evolução de nosso país e a clarificação dos desafios que temos pela frente contribuíram para tornar mais nítido o campo político comum que integram nossos partidos, independentemente de problemas circunstanciais que nos separaram.
Nos quase quatro anos de meu governo, que iniciei enfrentando a pesada herança estrutural e conjuntural que nos deixaram as elites, procurei implementar um programa de transformações econômicas, sociais e políticas que privilegia os grandes valores da esquerda democrática de nosso país.
Pautei-me pela defesa do interesse nacional, da soberania do país, pela necessidade de resgatar a gigantesca e secular dívida social que nos deixaram, pelo aprofundamento da democracia. Nossas instituições republicanas saíram fortalecidas e graças a isso foi possível apurar, em todas as esferas do Estado, atos de corrupção que no passado ficaram impunes.
Compartilho as grandes orientações que o PDT expõe em sua nota, com especial ênfase para as questões relacionadas com a ordem econômica e na defesa dos direitos dos trabalhadores. Igualmente têm meu apoio os pontos relacionados à ordem ética e política e às questões educacionais que são prioritárias em meu programa de governo.
Caso venha a receber a confiança do povo brasileiro neste segundo turno da eleição, quero impulsionar uma ampla coalizão de forças políticas, capaz de dar continuidade ao trabalho que iniciamos em 2003, imprimindo-lhe um ritmo mais intenso e uma profundidade ainda maior.
Nesta coalizão teremos a ocasião de discutir a implementação concreta das propostas do PDT e de outras forças progressistas que nos acompanham neste segundo turno.
Seria um motivo de alegria e uma profunda honra para mim poder reencontrar-me politicamente com os companheiros do PDT, quando o país se prepara para escolher entre a continuidade da mudança ou a volta do conservadorismo.
Renovo minha saudação fraternal."
A carta é assinada pelo presidente Lula.
Leia mais
PDT oficializa apoio do segundo turno da eleição presidencial na segunda-feira
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Leia cobertura completa das eleições 2006
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O PDT deve anunciar na segunda-feira sua posição oficial neste segundo turno das eleições presidenciais. Para escolher entre apoiar oficialmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o adversário Geraldo Alckmin (PSDB), o PDT pediu para as duas campanhas responderem a uma consulta do partido sobre compromissos programáticos.
Entre os quatro compromissos listados pelo PDT está a definição de metas para a implementação da educação em tempo integral no ensino fundamental em todo o país, bandeira levantada durante toda a campanha do candidato do partido, Cristovam Buarque, no primeiro turno.
Em seguida, o partido inclui como condições para o apoio no segundo turno a garantia da manutenção dos atuais direitos trabalhistas, mesmo sendo feita uma reforma da legislação; a não privatização de nenhuma estatal e uma política desenvolvimentista voltada para os pequenos e médios empresários.
Veja a resposta enviada por Lula:
"Circunstâncias políticas impediram que o PDT e o PT pudessem marchar unidos no primeiro turno da eleição presidencial deste ano, ainda que tenhamos participado conjuntamente em várias disputas estaduais.
Não foi possível repetir em 2006 as alianças que soubemos construir no segundo turno das eleições de 1989 e 94, no primeiro turno de 1998, quando tive a honra de ter Leonel Brizola como meu companheiro de chapa, e no segundo turno de 2002.
Em todas essas ocasiões o que nos aproximou não foram conveniências eleitorais mas fortes convergências programáticas, que não creio tenham desaparecido. Ao contrário, a evolução de nosso país e a clarificação dos desafios que temos pela frente contribuíram para tornar mais nítido o campo político comum que integram nossos partidos, independentemente de problemas circunstanciais que nos separaram.
Nos quase quatro anos de meu governo, que iniciei enfrentando a pesada herança estrutural e conjuntural que nos deixaram as elites, procurei implementar um programa de transformações econômicas, sociais e políticas que privilegia os grandes valores da esquerda democrática de nosso país.
Pautei-me pela defesa do interesse nacional, da soberania do país, pela necessidade de resgatar a gigantesca e secular dívida social que nos deixaram, pelo aprofundamento da democracia. Nossas instituições republicanas saíram fortalecidas e graças a isso foi possível apurar, em todas as esferas do Estado, atos de corrupção que no passado ficaram impunes.
Compartilho as grandes orientações que o PDT expõe em sua nota, com especial ênfase para as questões relacionadas com a ordem econômica e na defesa dos direitos dos trabalhadores. Igualmente têm meu apoio os pontos relacionados à ordem ética e política e às questões educacionais que são prioritárias em meu programa de governo.
Caso venha a receber a confiança do povo brasileiro neste segundo turno da eleição, quero impulsionar uma ampla coalizão de forças políticas, capaz de dar continuidade ao trabalho que iniciamos em 2003, imprimindo-lhe um ritmo mais intenso e uma profundidade ainda maior.
Nesta coalizão teremos a ocasião de discutir a implementação concreta das propostas do PDT e de outras forças progressistas que nos acompanham neste segundo turno.
Seria um motivo de alegria e uma profunda honra para mim poder reencontrar-me politicamente com os companheiros do PDT, quando o país se prepara para escolher entre a continuidade da mudança ou a volta do conservadorismo.
Renovo minha saudação fraternal."
A carta é assinada pelo presidente Lula.
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