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19/10/2006 - 12h16

Líder do PT defende aumento para deputados e pede reflexão sobre o reajuste

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ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), afirmou hoje que é favorável ao aumento dos salários dos parlamentares e sugeriu que a população faça uma "reflexão" antes de criticar o Congresso por causa dos reajustes. Fontana observou que faz quatro anos que os parlamentares não recebem aumento e que, como qualquer outro trabalhador, os deputados e senadores também têm direito a reajustes.

"É evidente que os salários dos deputados têm uma defasagem neste momento, faz quatro anos que não sofrem nenhum tipo de alteração. Então, é evidente que tem que ter alteração, qual será a alteração justa, temos que debater com as bancadas e ouvir a sociedade. Mas peço para a opinião pública que tenha equilíbrio e critério para debater o tema do salário. Não vamos alimentar uma visão antideputado. O parlamento, por pior que seja, é sempre melhor do que a ditadura", disse.

Já o PPS se mobiliza para impedir os reajustes. O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) disse hoje que vai pedir uma consulta à assessoria do partido para analisar a viabilidade de uma medida cautelar para vetar o aumento salarial. "Sou radicalmente contra. Existem coisas mais urgentes no Congresso. Enquanto não ampliarmos as respostas à sociedade com muito trabalho, esse tema beira a imoralidade", disse.

A discussão sobre o reajuste ainda é tímida no Congresso, mas por força da legislação, os deputados e senadores terão que decidir, até 31 de janeiro, se aumentam os próprios salários.

Os deputados recebem R$ 12.847 por mês. O último reajuste foi concedido em 2003, quando os salários passaram de R$ 8.000 para o valor atual.

Uma das propostas que está sendo estudada no Legislativo é a regulamentação do teto salarial, que poderá elevar os salários dos parlamentares para R$ 24.500 --mesmo valor que recebem os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal)--, o que representaria um reajuste de 90,7%.

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