Publicidade
Publicidade
21/10/2006
-
16h50
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tenta a reeleição, classificou de "futrica" as revelações de que mais aliados seus possam estar envolvidos na compra do dossiê antitucanos. Já o seu adversário, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a cobrar a origem do dinheiro apreendido pela Polícia Federal com petistas. Os dois cumprem neste sábado agenda de campanha na região sul do país.
Em visita a Curitiba (PR), Lula reagiu às notícias sobre as novas implicações de integrantes de seu governo e aliados afastados no caso do dossiê, desafiando a imprensa e a oposição a continuar com as acusações.
"Eu não preciso ofender nenhum adversário para ganhar a eleição. Se quiserem me ofender, me ofendam. Se quiserem me acusar, me acusem. Eu vou ter o bom comportamento que um presidente da República deve ter: altivo, sereno e sabedor que o ódio que eles têm por mim não é por mim."
Lula disse que a imprensa não deveria se concentrar em escândalos, mas se ocupar em comparar os dois projetos presidenciais e dos avanços de seu governo. "A imprensa brasileira poderia dar essa contribuição aos leitores dos jornais. Porque não é possível a gente viver a vida inteira subordinada à trica e à futrica", afirmou.
Mesmo sem ter deixado claro os motivos de sua irritação, suas declarações foram dadas no mesmo dia em que foram veiculadas notícias sobre o relatório parcial que a Polícia Federal fez sobre a compra do dossiê.
O relatório aponta que o articulador da compra Jorge Lorenzetti recebeu ligação de Gilberto Carvalho, secretário particular do presidente, e que voltou a falar com ele num segundo telefonema, no dia em que a PF frustrou a operação e prendeu os primeiros envolvidos. O relatório também indica que o ex-ministro José Dirceu ligou para Lorenzetti dias antes de surgir o dossiê.
Seu adversário tucano, que esteve hoje de manhã em Joinville (SC), disse que considerou grave a confirmação da Polícia Federal de que Jorge Lorenzetti, ex-analista de risco e mídia da campanha de reeleição de Lula, foi quem articulou a compra do dossiê.
"O Lorenzetti é amigo pessoal do Lula há décadas. Chefe-diretor do Banco do Estado de Santa Catarina, responsável pela chamada área de risco. Aliás, eu nunca soube que isso existia. Ou seja, uma arapongagem irresponsável", declarou Alckmin.
O candidato afirmou que outro fato grave é que o secretário particular de Lula, Gilberto Carvalho, teria ligado para Lorenzetti antes do nome do ex-analista aparecer na imprensa como um dos responsáveis pela compra do dossiê.
"Estão escondendo a verdade do povo brasileiro. É claro que eles sabem a origem do dinheiro. É que talvez seja pior falar a verdade do que esconder. Eles estão debochando do povo brasileiro."
Leia mais
Acadêmicos divergem sobre ascensão de Lula e queda de Alckmin nas pesquisas
Revista diz que filho de Lula teria defendido interesses da Telemar
Lula e Alckmin usam depoimentos de "notáveis" em programa na TV
Leia a íntegra do relatório parcial da PF sobre o dossiegate
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Lula reclama de "futrica" e Alckmin cobra origem do dinheiro
Publicidade
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tenta a reeleição, classificou de "futrica" as revelações de que mais aliados seus possam estar envolvidos na compra do dossiê antitucanos. Já o seu adversário, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a cobrar a origem do dinheiro apreendido pela Polícia Federal com petistas. Os dois cumprem neste sábado agenda de campanha na região sul do país.
Em visita a Curitiba (PR), Lula reagiu às notícias sobre as novas implicações de integrantes de seu governo e aliados afastados no caso do dossiê, desafiando a imprensa e a oposição a continuar com as acusações.
"Eu não preciso ofender nenhum adversário para ganhar a eleição. Se quiserem me ofender, me ofendam. Se quiserem me acusar, me acusem. Eu vou ter o bom comportamento que um presidente da República deve ter: altivo, sereno e sabedor que o ódio que eles têm por mim não é por mim."
Lula disse que a imprensa não deveria se concentrar em escândalos, mas se ocupar em comparar os dois projetos presidenciais e dos avanços de seu governo. "A imprensa brasileira poderia dar essa contribuição aos leitores dos jornais. Porque não é possível a gente viver a vida inteira subordinada à trica e à futrica", afirmou.
Mesmo sem ter deixado claro os motivos de sua irritação, suas declarações foram dadas no mesmo dia em que foram veiculadas notícias sobre o relatório parcial que a Polícia Federal fez sobre a compra do dossiê.
O relatório aponta que o articulador da compra Jorge Lorenzetti recebeu ligação de Gilberto Carvalho, secretário particular do presidente, e que voltou a falar com ele num segundo telefonema, no dia em que a PF frustrou a operação e prendeu os primeiros envolvidos. O relatório também indica que o ex-ministro José Dirceu ligou para Lorenzetti dias antes de surgir o dossiê.
Seu adversário tucano, que esteve hoje de manhã em Joinville (SC), disse que considerou grave a confirmação da Polícia Federal de que Jorge Lorenzetti, ex-analista de risco e mídia da campanha de reeleição de Lula, foi quem articulou a compra do dossiê.
"O Lorenzetti é amigo pessoal do Lula há décadas. Chefe-diretor do Banco do Estado de Santa Catarina, responsável pela chamada área de risco. Aliás, eu nunca soube que isso existia. Ou seja, uma arapongagem irresponsável", declarou Alckmin.
O candidato afirmou que outro fato grave é que o secretário particular de Lula, Gilberto Carvalho, teria ligado para Lorenzetti antes do nome do ex-analista aparecer na imprensa como um dos responsáveis pela compra do dossiê.
"Estão escondendo a verdade do povo brasileiro. É claro que eles sabem a origem do dinheiro. É que talvez seja pior falar a verdade do que esconder. Eles estão debochando do povo brasileiro."
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice