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29/10/2006
-
20h45
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
"Acabou a era [Antonio] Palocci no Brasil", afirmou hoje o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais). Segundo o ministro, o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai representar o fim de uma política econômica "monetarista e conservadora" e o começo de um "governo desenvolvimentista".
"Até posso dizer que, no primeiro ano do governo, ele prestou bons serviços. Mas taxas baixas de crescimento, preocupação neurótica com a inflação e sem pensar em distribuição de renda e desenvolvimento, isso terminou", afirmou Tarso em Porto Alegre, referindo-se ao ex-ministro da Fazenda e atual deputado federal eleito Antonio Palocci Filho (PT-SP).
Saindo da economia e partindo para a política, Tarso voltou a defender um grande acordo nacional para dar governabilidade ao segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Sustentou a necessidade de uma "ponte de relacionamento com a oposição".
No afã de conseguir esse acordo, Tarso elogiou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que nos últimos dias desestimulou os discursos oposicionistas a respeito de um eventual pedido de impeachment de Lula.
"É uma volta do presidente Fernando Henrique à posição de magistrado, de ex-presidente. É a postura de reconhecimento da lisura do pleito", disse.
Renúncia do PT
Tarso afirmou que o PT, por ser "hegemônico" entre as siglas que participarão do novo governo Lula, é "o partido que tem de ter maior capacidade de transigência para formar o ministério". Por isso, ele recomendou: ''Não pode [o PT] fazer a transposição mecânica da sua força no parlamento para dentro do governo, porque ele é o partido principal da coligação, é o partido do presidente, é o mais forte do governo".
Um dos homens fortes do governo no primeiro mandato e provável ministro também no segundo, Tarso é um dos principais defensores de uma grande aliança para dar respaldo à administração petista. Nesse sentido, fala em gesto de renúncia por parte do PT. "Se alguém tem de renunciar e diminuir sua representação, é o Partido dos Trabalhadores", disse.
A respeito de questões internas do PT, Tarso voltou a falar na importância de sua "reconstrução e refundação".
"Não é um movimento contra [o diretório de] São Paulo. O que existe, objetivamente, é que a direção hegemônica, forte, que controlava o aparato partidário, toda é de São Paulo", afirmou. "Então, há uma coincidência entre os grandes problemas e erros cometidos contra o partido e o Estado brasileiro e a força de São Paulo no partido. Essa força tem de ser reduzida. Não significa colocar São Paulo na berlinda. O partido tem de ser mais federalizado. Não significa marginalizar, mas significa que deverá ter peso relativo menor."
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"Acabou a era Palocci no Brasil", diz Tarso
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da Agência Folha, em Porto Alegre
"Acabou a era [Antonio] Palocci no Brasil", afirmou hoje o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais). Segundo o ministro, o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai representar o fim de uma política econômica "monetarista e conservadora" e o começo de um "governo desenvolvimentista".
"Até posso dizer que, no primeiro ano do governo, ele prestou bons serviços. Mas taxas baixas de crescimento, preocupação neurótica com a inflação e sem pensar em distribuição de renda e desenvolvimento, isso terminou", afirmou Tarso em Porto Alegre, referindo-se ao ex-ministro da Fazenda e atual deputado federal eleito Antonio Palocci Filho (PT-SP).
Saindo da economia e partindo para a política, Tarso voltou a defender um grande acordo nacional para dar governabilidade ao segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Sustentou a necessidade de uma "ponte de relacionamento com a oposição".
No afã de conseguir esse acordo, Tarso elogiou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que nos últimos dias desestimulou os discursos oposicionistas a respeito de um eventual pedido de impeachment de Lula.
"É uma volta do presidente Fernando Henrique à posição de magistrado, de ex-presidente. É a postura de reconhecimento da lisura do pleito", disse.
Renúncia do PT
Tarso afirmou que o PT, por ser "hegemônico" entre as siglas que participarão do novo governo Lula, é "o partido que tem de ter maior capacidade de transigência para formar o ministério". Por isso, ele recomendou: ''Não pode [o PT] fazer a transposição mecânica da sua força no parlamento para dentro do governo, porque ele é o partido principal da coligação, é o partido do presidente, é o mais forte do governo".
Um dos homens fortes do governo no primeiro mandato e provável ministro também no segundo, Tarso é um dos principais defensores de uma grande aliança para dar respaldo à administração petista. Nesse sentido, fala em gesto de renúncia por parte do PT. "Se alguém tem de renunciar e diminuir sua representação, é o Partido dos Trabalhadores", disse.
A respeito de questões internas do PT, Tarso voltou a falar na importância de sua "reconstrução e refundação".
"Não é um movimento contra [o diretório de] São Paulo. O que existe, objetivamente, é que a direção hegemônica, forte, que controlava o aparato partidário, toda é de São Paulo", afirmou. "Então, há uma coincidência entre os grandes problemas e erros cometidos contra o partido e o Estado brasileiro e a força de São Paulo no partido. Essa força tem de ser reduzida. Não significa colocar São Paulo na berlinda. O partido tem de ser mais federalizado. Não significa marginalizar, mas significa que deverá ter peso relativo menor."
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