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23/11/2006 - 19h04

PT-MG suspende deputado eleito que foi preso pela PF

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da Folha Online

O diretório mineiro do PT anunciou na tarde desta quinta-feira que decidiu suspender "preventiva e temporariamente" a filiação do deputado federal eleito Juvenil Alves, que foi preso nesta manhã durante a "Operação Castelhana" da Polícia Federal, que combate crimes financeiros.

Segundo nota oficial divulgada pelo partido, a decisão de suspender foi tomada por "cautela" e após a consulta ao presidente nacional do PT, Marco Aurélio Garcia.

"A suspensão se dá por cautela em face dos últimos acontecimentos envolvendo o citado candidato eleito em investigações da Polícia Federal e de acordo com o artigo 228 do Estatuto do Partido", diz a nota.

Leia a íntegra do documento divulgado:

"A presidência do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais, ad referendum da Executiva, e, mediante consulta à maior parte de seus membros, à coordenação da bancada estadual e federal e ao presidente Nacional do PT, Marco Aurélio Garcia, decidiu nesta quinta-feira, dia 23/10, suspender preventiva e temporariamente os vínculos partidários do candidato a deputado federal, eleito em 2006 pelo PT, Juvenil Alves.

A suspensão se dá por cautela em face dos últimos acontecimentos envolvendo o citado candidato eleito em investigações da Polícia Federal e de acordo com o artigo 228 do Estatuto do Partido.

A Direção reafirma surpresa com o acontecimento, dada a recente filiação de Juvenil Alves ao PT, datada de setembro de 2004 e avalizada pela credibilidade e confiança de alguns membros partidários. A direção partidária tem notícia de que as investigações feitas até o momento pela Polícia Federal indicam procedimentos referentes à vida privada de Juvenil Alves".

Operação

Além de Alves, a PF prendeu o ex-deputado federal Avelino Costa. Quando Costa foi eleito deputado ele era do PL de Minas Gerais.

Os dois foram detidos em Belo Horizonte e foram levados para a superintendência local da PF. Até as 15h30, outras 11 pessoas foram presas, entre advogados, empresários e contadores.

De acordo com a PF, o deputado federal eleito é sócio do escritório de advocacia Juvenil Alves e Associados, especializado em direito tributário e que teria ajudado uma organização criminosa que teria causado um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.

Como Alves não foi diplomado pela Justiça Eleitoral e ainda não tem foro privilegiado, ele pôde ser preso pela PF. Segundo a Constituição Federal, com a diplomação, ele não poderia ser preso, exceto em casos de crimes inafiançáveis. A diplomação dos eleitos em Minas Gerais está prevista para ocorrer no dia 18 de dezembro.

A operação acontece em cinco Estados (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Alagoas) e no Distrito Federal. Cerca de 250 policiais federais e 120 auditores da Receita Federal cumprem 21 mandados de prisão e 50 de busca e apreensão.

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