Publicidade
Publicidade
27/11/2006
-
12h41
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) considerou nesta segunda-feira "normal" o pedido da Polícia Federal de prorrogação do prazo de investigação sobre a compra de um dossiê pelo PT contra políticos tucanos. Ele afirmou não ter informações detalhadas sobre o inquérito para comentar as denúncia contra o presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini.
Reportagem publicada na edição deste domingo da Folha de S.Paulo afirma que, após dois meses de investigação, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal firmaram a convicção de que a decisão pela compra do dossiê partiu de Berzoini, então presidente do PT e coordenador-geral da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo a reportagem, o relatório parcial que o delegado Diógenes Curado, responsável pelo inquérito do dossiegate, apresentará neste semana não responsabilizará nem envolverá diretamente Lula.
Thomaz Bastos disse que não se trata de um terceiro adiamento --entre hoje e amanhã o delegado pedirá mais 30 dias para concluir o inquérito--, mais de um pedido de prazo para que no "tempo real" a PF possa finalizar as investigações.
"Não é possível fazer milagre. A investigação é séria e precisa de tempo, por isso o delegado pede mais 30 dias. [As investigações] Vão chegar às conclusões possíveis dentro do mundo real. Não se pode querer que elas encontrem evidências que se amoldem a uma percepção pré-concebida nem que desminta estas concepções."
Segundo o ministro, a descoberta sobre a origem do dinheiro que seria usado para a compra do dossiê exige "um minucioso, um extenso cruzamento de informações", que demandam tempo para serem analisadas.
Por isso, de acordo com Thomaz Bastos, não é possível definir um prazo para finalizar o inquérito e nem antecipar conclusões. Para ele, as denúncias envolvendo Berzoini seguem este raciocínio. "Não tenho elementos para dizer, nem a Polícia Federal, pelo que li no jornal, sobre o envolvimento dele no episódio."
O ministro, que esteve na manhã de hoje com o presidente durante a reunião de coordenação política, afirmou que Lula não tem questionado sobre o andamento das investigações. "Este assunto, de maneira nenhuma, foi discutido hoje nem nas últimas reuniões."
Leia mais
PF vai pedir para prorrogar por 30 dias as investigações do dossiê
PF quer ajuda da CPI dos Sanguessugas para esclarecer participação do petista
Hamilton Lacerda e Gedimar Passos vão depor na CPI dos Sanguessugas
Especial
Leia cobertura sobre a máfia dos sanguessugas
Investigação sobre dossiê é séria e precisa de tempo, diz Thomaz Bastos
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) considerou nesta segunda-feira "normal" o pedido da Polícia Federal de prorrogação do prazo de investigação sobre a compra de um dossiê pelo PT contra políticos tucanos. Ele afirmou não ter informações detalhadas sobre o inquérito para comentar as denúncia contra o presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini.
Reportagem publicada na edição deste domingo da Folha de S.Paulo afirma que, após dois meses de investigação, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal firmaram a convicção de que a decisão pela compra do dossiê partiu de Berzoini, então presidente do PT e coordenador-geral da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo a reportagem, o relatório parcial que o delegado Diógenes Curado, responsável pelo inquérito do dossiegate, apresentará neste semana não responsabilizará nem envolverá diretamente Lula.
Thomaz Bastos disse que não se trata de um terceiro adiamento --entre hoje e amanhã o delegado pedirá mais 30 dias para concluir o inquérito--, mais de um pedido de prazo para que no "tempo real" a PF possa finalizar as investigações.
"Não é possível fazer milagre. A investigação é séria e precisa de tempo, por isso o delegado pede mais 30 dias. [As investigações] Vão chegar às conclusões possíveis dentro do mundo real. Não se pode querer que elas encontrem evidências que se amoldem a uma percepção pré-concebida nem que desminta estas concepções."
Segundo o ministro, a descoberta sobre a origem do dinheiro que seria usado para a compra do dossiê exige "um minucioso, um extenso cruzamento de informações", que demandam tempo para serem analisadas.
Por isso, de acordo com Thomaz Bastos, não é possível definir um prazo para finalizar o inquérito e nem antecipar conclusões. Para ele, as denúncias envolvendo Berzoini seguem este raciocínio. "Não tenho elementos para dizer, nem a Polícia Federal, pelo que li no jornal, sobre o envolvimento dele no episódio."
O ministro, que esteve na manhã de hoje com o presidente durante a reunião de coordenação política, afirmou que Lula não tem questionado sobre o andamento das investigações. "Este assunto, de maneira nenhuma, foi discutido hoje nem nas últimas reuniões."
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice