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27/11/2006 - 15h16

PT recua e agora aceita negociar candidatura à presidência da Câmara

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

Depois de uma reunião da direção do PT com o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais), o partido recuou da disposição de disputar a qualquer preço presidência da Câmara com candidato próprio enfrentando nomes de partidos aliados, como o PMDB e PC do B.

O presidente nacional da legenda, Marco Aurélio Garcia, disse que a posição do PT de postular a vaga "não é irredutível" e que o partido vai levar em conta a política de coalizão mais ampla que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai implementar no seu segundo mandato para decidir esta questão. Segundo ele, "o PT está aberto a qualquer solução".

"Esse é um problema que o PT não resolve sozinho. A eleição para a presidência da Câmara deve corresponder a esta política de coalizão mais ampla que estamos nos propondo a fazer e que o presidente vai implementar. O que haverá são negociações para tentar encontrar uma solução comum que pode ser essa [do candidato ser do PT] e poderá ser outra", afirmou.

Segundo Garcia, a "obsessão" do governo é a de que os partidos aliados tenham um candidato único na disputa pelo comando da Câmara. Ele negou que o presidente tenha informado ao PT predileção pelo atual ocupante da cadeira, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP).

"Ele não externou isso para mim. Acho que o preferido de Lula é o candidato que a base escolher. Agora, o partido que não tiver o seu nome escolhido não pode ser rotulado como derrotado", afirmou.

No encontro, Tarso teria salientado que o presidente da Câmara é o segundo na linha sucessória do país e interlocutor importante no Congresso, por isso o governo não gostaria que a eleição para o cargo fosse "turvada". "Os nomes que o PT dispõe são nomes de alta qualidade que poderiam honrar a Câmara. Mas não queremos fazer disso um momento de conflito do poder Executivo com Legislativo", disse o presidente do partido.

Além do PT, o PMDB e o PC do B também disputam a Presidência da Câmara. O PMDB alega que terá a maior bancada na próxima legislatura, o que dá ao partido o direito de indicar o presidente da Casa. Já o PC do B se apóia na tese de Lula tem preferência por manter o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) no cargo.

"Nem o PMDB disse que quer nem o PC do B. O que disseram é que têm nome de alta qualidade. Como se trata de um governo de coalizão, é normal que haja discussão em torno de um nome", disse.

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