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28/11/2006 - 12h30

Suassuna diz que não merecia punição verbal e nega "pizza" de sanguessuga

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) disse que não se sente absolvido pelo Conselho de Ética, que aprovou hoje o voto em separado que pedia que ele fosse advertido verbalmente por quebra de decoro parlamentar. Suassuna era acusado de envolvimento com a máfia sanguessuga, chefiada pelo empresário Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planan.

Para Suassuna, ele não merecia receber punição verbal. "Eu não merecia. E o próprio relator disse que eu não merecia punição. Não tem pizza nenhuma. Como eu poderia ficar satisfeito, se não tenho culpa?"

O senador Jefferson Peres (PDT-AM), relator do parecer que pedia a cassação de Suassuna --que nem chegou a ser votado--, disse que o resultado da sessão de hoje poderia ser pior. "Se meu relatório fosse voltado, talvez fosse rejeitado. Seria pior o processo ir para o arquivo."

Para Peres, já havia um clima de "absolvição" no ar, mas ele evitou falar em "pizza". "A imagem do Congresso não pode piorar mais do que já está. Me decepcionei, já pressentia o clima de absolvição."

A acusação

No seu relatório, Peres disse não ter encontrado provas do envolvimento direto de Suassuna na quadrilha sanguessuga.

Mesmo assim, ele pedia a cassação de Suassuna por condescendência criminosa pelo suposto envolvimento de seu ex-assessor Marcelo de Carvalho com a máfia dos sanguessugas. Carvalho foi acusado de receber R$ 225 mil em propina dos Vedoin.

Nesta terça-feira, o Conselho do Senado ainda deve votar os outros dois processos contra os senadores Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES).

Na Câmara, o ritmo é mais lento. Nenhum dos 67 processos entrou na pauta de votações do Conselho de Ética. A expectativa do presidente do órgão, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), é que até o final do ano legislativo quatro processos sejam votados pelo Conselho. Os outros 63 processos devem terminar a legislatura sem serem colocados em votação pelo órgão.

"Estou preocupado com o prazo. Existem alguns processos em fase final, uns três ou quatro, mas a maioria não vamos julgar", reconheceu Izar à Folha Online.

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