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28/11/2006
-
13h24
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O Conselho de Ética aprovou, por unanimidade, o arquivamento do processo contra o senador Magno Malta (PL-ES), acusado de envolvimento na máfia dos sanguessugas, à semelhança do que ocorreu com os parlamentares Ney Suassuna (PMDB-PB) e Serys Slhessarenko (PT-MT).
O relator do processo, o senador Demóstenes Torres (PFL-GO), pediu o argumento por "inequívoca insuficiência de provas contra o senador". Ele afirmou que não havia evidências suficientes para envolver o senador no esquema de desvio de emendas parlamentares ao Orçamento para compra superfaturada de ambulâncias.
No relatório, ele chegou a citar personagens do romance "Dom Casmurro", de Machado de Assis. "Como Bentinho, tenho acompanhado o caso intrigante, que postumamente a Machado, rendeu diversas versões, muitas convincentes, mas não posso afirmar, com 100% de certeza, que Capitu fraquejou e foi dar em praias escobarianas", disse o senador.
No romance, Machado levanta a suspeita de que Capitu traiu o personagem Bentinho com seu melhor amigo Escobar.
Acusações
Malta foi acusado pela família Vedoin de ter recebido uma van Fiat Ducato como parte do pagamento de propina pela apresentação e liberação de uma emenda parlamentar para aquisição de ambulâncias.
Ele negou as acusações de envolvimento com a máfia dos sanguessugas e reiterou que devolveu o veículo que supostamente seria parte de uma "propina" para se envolver no esquema de fraudes com ambulâncias por meio de emendas parlamentares.
Em sua defesa, o senador alega que utilizou o veículo como um empréstimo pessoal do deputado Lino Rossi (PP-MT), versão apoiada pelo parlamentar.
Ele havia afirmado que emprestou o veículo de Rossi para prestação de serviços religiosos em seu Estado. Ele também insistiu que devolveu o carro ainda em 2005 para o colega parlamentar.
O carro é um dos principais elementos de dúvida do senador Demóstenes Torres (PFL-GO), relator responsável pelo processo do senador do Espírito Santo, que tinha dúvidas sobre o proprietário.
Pelos depoimentos tomados pelo Conselho de Ética, o veículo teria sido objeto de uma transação entre um empresário, o dono de uma factoring e Luiz Antônio Vedoin, bem como Lino Rossi. Foram observadas contradições nos detalhes na operação de compra e venda do veículo.
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Conselho de Ética manda arquivar processo contra Malta
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da Folha Online, em Brasília
O Conselho de Ética aprovou, por unanimidade, o arquivamento do processo contra o senador Magno Malta (PL-ES), acusado de envolvimento na máfia dos sanguessugas, à semelhança do que ocorreu com os parlamentares Ney Suassuna (PMDB-PB) e Serys Slhessarenko (PT-MT).
O relator do processo, o senador Demóstenes Torres (PFL-GO), pediu o argumento por "inequívoca insuficiência de provas contra o senador". Ele afirmou que não havia evidências suficientes para envolver o senador no esquema de desvio de emendas parlamentares ao Orçamento para compra superfaturada de ambulâncias.
No relatório, ele chegou a citar personagens do romance "Dom Casmurro", de Machado de Assis. "Como Bentinho, tenho acompanhado o caso intrigante, que postumamente a Machado, rendeu diversas versões, muitas convincentes, mas não posso afirmar, com 100% de certeza, que Capitu fraquejou e foi dar em praias escobarianas", disse o senador.
No romance, Machado levanta a suspeita de que Capitu traiu o personagem Bentinho com seu melhor amigo Escobar.
Acusações
Malta foi acusado pela família Vedoin de ter recebido uma van Fiat Ducato como parte do pagamento de propina pela apresentação e liberação de uma emenda parlamentar para aquisição de ambulâncias.
Ele negou as acusações de envolvimento com a máfia dos sanguessugas e reiterou que devolveu o veículo que supostamente seria parte de uma "propina" para se envolver no esquema de fraudes com ambulâncias por meio de emendas parlamentares.
Em sua defesa, o senador alega que utilizou o veículo como um empréstimo pessoal do deputado Lino Rossi (PP-MT), versão apoiada pelo parlamentar.
Ele havia afirmado que emprestou o veículo de Rossi para prestação de serviços religiosos em seu Estado. Ele também insistiu que devolveu o carro ainda em 2005 para o colega parlamentar.
O carro é um dos principais elementos de dúvida do senador Demóstenes Torres (PFL-GO), relator responsável pelo processo do senador do Espírito Santo, que tinha dúvidas sobre o proprietário.
Pelos depoimentos tomados pelo Conselho de Ética, o veículo teria sido objeto de uma transação entre um empresário, o dono de uma factoring e Luiz Antônio Vedoin, bem como Lino Rossi. Foram observadas contradições nos detalhes na operação de compra e venda do veículo.
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