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28/11/2006
-
14h15
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Em meio aos rumores que surgiram após a sessão de hoje de um suposto "acordão" para absolver em série os três senadores acusados de envolvimento na máfia das ambulâncias, o presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), negou nesta terça-feira a existência de manobra para impedir a cassação de Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES).
Segundo João Alberto, o conselho agiu de forma isenta nos três processos ao optar pela absolvição dos senadores. "O Senado cumpriu o seu papel. Saio de cabeça erguida com a certeza do dever cumprido. Em momento algum se falou em acordão, foi o ânimo do colegiado dos senadores", disse João Alberto.
Apesar de negar o "acordão", alguns parlamentares criticaram nos bastidores a votação realizada pelo Conselho de Ética --de colocar os três processos em votação no mesmo dia, tendo como primeiro deles o de Suassuna. Com a absolvição do peemedebista, que recebeu apenas uma censura verbal, os demais senadores manteriam a coerência nos votos e também absolveriam Malta e Serys, o que acabou ocorrendo na prática.
Pizza
O senador Demóstenes Torres (PFL-GO), relator do processo de Malta, também negou "acordão" nos bastidores para absolver os senadores. "Se houve, não fui comunicado. Optei pelo arquivamento do processo por não ter provas contra o senador Magno Malta. O que não é certeza não pode virar condenação", disse.
Absolvida por unanimidade pelos colegas, Serys negou que os trabalhos dos senadores tenham terminado em "pizza". "Isso não é pizza, foi um relatório consistente. Desde o primeiro momento eu declarei ser inocente. O relatório [do senador Paulo Octavio] é a prova de que não há pizza", afirmou a senadora.
A exemplo de Serys, Malta negou qualquer tentativa de manobra para a absolvição dos três senadores. "Hoje a verdade se restabeleceu por unanimidade. Vivo meu domingo de Páscoa depois da sexta-feira da paixão, uma sensação de alívio. Se um homem que passa por isso não crê em Deus, atenta contra a própria vida. E aí a gente começa a entender depois de tudo isso porque certas pessoas atentam contra a vida", disse Malta.
Já Suassuna, único a receber a pena da censura verbal pela suposta omissão no caso da máfia das ambulâncias, também negou a possibilidade de "acordão". "Não tem pizza nenhuma, pelo contrário. Eu não merecei essa punição. Estão punindo o sistema [político] e eu não sou o sistema", criticou.
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da Folha Online, em Brasília
Em meio aos rumores que surgiram após a sessão de hoje de um suposto "acordão" para absolver em série os três senadores acusados de envolvimento na máfia das ambulâncias, o presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), negou nesta terça-feira a existência de manobra para impedir a cassação de Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES).
Segundo João Alberto, o conselho agiu de forma isenta nos três processos ao optar pela absolvição dos senadores. "O Senado cumpriu o seu papel. Saio de cabeça erguida com a certeza do dever cumprido. Em momento algum se falou em acordão, foi o ânimo do colegiado dos senadores", disse João Alberto.
Apesar de negar o "acordão", alguns parlamentares criticaram nos bastidores a votação realizada pelo Conselho de Ética --de colocar os três processos em votação no mesmo dia, tendo como primeiro deles o de Suassuna. Com a absolvição do peemedebista, que recebeu apenas uma censura verbal, os demais senadores manteriam a coerência nos votos e também absolveriam Malta e Serys, o que acabou ocorrendo na prática.
Pizza
O senador Demóstenes Torres (PFL-GO), relator do processo de Malta, também negou "acordão" nos bastidores para absolver os senadores. "Se houve, não fui comunicado. Optei pelo arquivamento do processo por não ter provas contra o senador Magno Malta. O que não é certeza não pode virar condenação", disse.
Absolvida por unanimidade pelos colegas, Serys negou que os trabalhos dos senadores tenham terminado em "pizza". "Isso não é pizza, foi um relatório consistente. Desde o primeiro momento eu declarei ser inocente. O relatório [do senador Paulo Octavio] é a prova de que não há pizza", afirmou a senadora.
A exemplo de Serys, Malta negou qualquer tentativa de manobra para a absolvição dos três senadores. "Hoje a verdade se restabeleceu por unanimidade. Vivo meu domingo de Páscoa depois da sexta-feira da paixão, uma sensação de alívio. Se um homem que passa por isso não crê em Deus, atenta contra a própria vida. E aí a gente começa a entender depois de tudo isso porque certas pessoas atentam contra a vida", disse Malta.
Já Suassuna, único a receber a pena da censura verbal pela suposta omissão no caso da máfia das ambulâncias, também negou a possibilidade de "acordão". "Não tem pizza nenhuma, pelo contrário. Eu não merecei essa punição. Estão punindo o sistema [político] e eu não sou o sistema", criticou.
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