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01/12/2006
-
09h13
SILVIO NAVARRO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
RUBENS VALENTE
da Folha de S.Paulo
As campanhas eleitorais para presidente da República, governador, senador e deputados federais e estaduais gastaram pelo menos 49,4% a mais na eleição deste ano se comparadas às de 2002, já descontada a inflação do período.
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Marco Aurélio de Mello, afirmou ontem que o aumento "causa perplexidade".
"A lei número 11.300 gerou barateamento das campanhas. Mas ficou claro que atravessamos um período de maior transparência", disse o presidente do TSE.
A lei citada por Mello, chamada de minirreforma eleitoral, foi feita para baratear as eleições, ao proibir outdoors, showmícios e distribuição de brindes aos eleitores.
Neste ano, o gasto total das campanhas no país ficou entre R$ 1,3 bilhão e R$ 1,6 bilhão, segundo dados declarados pelos candidatos que prestaram contas dentro do prazo à Justiça Eleitoral. No total geral, as campanhas arrecadaram quase a mesma coisa, com um déficit de apenas R$ 2,3 milhões.
O valor mais modesto (R$ 1,3 bilhão) representa o triplo do que a União repassou neste ano para a educação fundamental, por meio do Fundef.
Na eleição passada, o total gasto foi de R$ 916 milhões (já corrigido pelo IPCA que mede a inflação no período).
A variação possível nos valores declarados neste ano se deve ao montante que saiu do caixa dos comitês financeiros. O TSE diz que não é possível identificar com exatidão quanto foi lançado também pelos candidatos e quanto foi gasto próprio do comitê.
A soma dos recursos gastos pelas contas do candidato e dos comitês pode gerar sobreposição de valores em alguns casos. Para não correr risco de duplicidade, o tribunal desconsidera os gastos informados pelos comitês financeiros.
Se forem considerados os recursos apenas que entraram e saíram dos comitês, a última campanha custou 83% a mais do que a de 2002.
Custo do voto
O valor total gasto deve ser ainda maior porque apenas 69,7% das prestações de contas dos candidatos e 79,3% das dos comitês foram entregues no prazo, no último dia 28.
Em relação ao eleitorado brasileiro, o custo do voto neste ano variou entre R$ 10,8 e R$ 13,2. Nesse caso, para um universo de 126 milhões de eleitores, o custo do voto deveria oscilar entre R$ 5,5 e R$ 6,3.
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
RUBENS VALENTE
da Folha de S.Paulo
As campanhas eleitorais para presidente da República, governador, senador e deputados federais e estaduais gastaram pelo menos 49,4% a mais na eleição deste ano se comparadas às de 2002, já descontada a inflação do período.
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Marco Aurélio de Mello, afirmou ontem que o aumento "causa perplexidade".
"A lei número 11.300 gerou barateamento das campanhas. Mas ficou claro que atravessamos um período de maior transparência", disse o presidente do TSE.
A lei citada por Mello, chamada de minirreforma eleitoral, foi feita para baratear as eleições, ao proibir outdoors, showmícios e distribuição de brindes aos eleitores.
Neste ano, o gasto total das campanhas no país ficou entre R$ 1,3 bilhão e R$ 1,6 bilhão, segundo dados declarados pelos candidatos que prestaram contas dentro do prazo à Justiça Eleitoral. No total geral, as campanhas arrecadaram quase a mesma coisa, com um déficit de apenas R$ 2,3 milhões.
O valor mais modesto (R$ 1,3 bilhão) representa o triplo do que a União repassou neste ano para a educação fundamental, por meio do Fundef.
Na eleição passada, o total gasto foi de R$ 916 milhões (já corrigido pelo IPCA que mede a inflação no período).
A variação possível nos valores declarados neste ano se deve ao montante que saiu do caixa dos comitês financeiros. O TSE diz que não é possível identificar com exatidão quanto foi lançado também pelos candidatos e quanto foi gasto próprio do comitê.
A soma dos recursos gastos pelas contas do candidato e dos comitês pode gerar sobreposição de valores em alguns casos. Para não correr risco de duplicidade, o tribunal desconsidera os gastos informados pelos comitês financeiros.
Se forem considerados os recursos apenas que entraram e saíram dos comitês, a última campanha custou 83% a mais do que a de 2002.
Custo do voto
O valor total gasto deve ser ainda maior porque apenas 69,7% das prestações de contas dos candidatos e 79,3% das dos comitês foram entregues no prazo, no último dia 28.
Em relação ao eleitorado brasileiro, o custo do voto neste ano variou entre R$ 10,8 e R$ 13,2. Nesse caso, para um universo de 126 milhões de eleitores, o custo do voto deveria oscilar entre R$ 5,5 e R$ 6,3.
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