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01/12/2006
-
09h50
LEONARDO SOUZA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A Polícia Federal vai intimar a depor os petistas José Giácomo Baccarin, Paulo Frateschi e novamente Hamilton Lacerda no inquérito sobre o dossiê antitucano. Os três compunham a campanha do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao governo de São Paulo.
Segundo a Folha apurou, o delegado responsável pelo caso, Diógenes Curado, não descarta também ouvir João Vaccari Neto, que manteve contatos telefônicos com Lacerda e outros petistas investigados por envolvimento na operação. Os depoimentos dos três primeiros devem ser marcados para daqui a duas semanas.
A PF está convencida de que Lacerda levou o dinheiro do dossiê para os emissários petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha no hotel Ibis, em São Paulo, onde foram presos com R$ 1,75 milhão, no dia 15 de setembro.
Curado suspeita que Baccarin e Frateschi, tesoureiro e coordenador-geral da campanha de Mercadante, respectivamente, possam ter participado da operação para levantar os recursos necessários para a compra do material preparado por Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia das ambulâncias, contra políticos do PSDB. A PF acredita que pelo menos parte do dinheiro do dossiê saiu do caixa dois do PT paulista.
Tesoureiro
O tesoureiro do PT em São Paulo, Antônio dos Santos, e Oswaldo Bargas também deverão ser ouvidos. Bargas, integrante do núcleo de inteligência da campanha do presidente Lula, participou ativamente da negociação do dossiê, tendo ido a Cuiabá tratar diretamente com a família Vedoin.
Presidente da Bancoop (cooperativa habitacional dos bancários), Vaccari é o mais novo alvo da PF no caso. Segundo suplente de Mercadante e homem de confiança do presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, ele trocou ligações com Bargas, Jorge Lorenzetti (apontado pela PF como o articulador da tentativa de compra do dossiê) e Freud Godoy, ex-assessor especial de Lula, apontado inicialmente por Gedimar como a pessoa no PT que havia autorizado o pagamento pelo material contra tucanos.
Além disso, Vaccari recebeu uma ligação de Lacerda no dia 13 de setembro, uma hora antes da entrega do dinheiro a Gedimar e Valdebran no hotel, de acordo com a PF. Vaccari representaria Berzoini na operação junto aos petistas paulistas. O delegado Curado confirmou à CPI dos Sanguessugas que comparecerá à audiência marcada para a quarta-feira da semana que vem. Entre outros assuntos, os parlamentares querem esclarecer denúncias feitas por Gedimar de que foi torturado pela PF. A PF nega.
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PF quer ouvir mais petistas sobre dossiê antitucano
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
A Polícia Federal vai intimar a depor os petistas José Giácomo Baccarin, Paulo Frateschi e novamente Hamilton Lacerda no inquérito sobre o dossiê antitucano. Os três compunham a campanha do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao governo de São Paulo.
Segundo a Folha apurou, o delegado responsável pelo caso, Diógenes Curado, não descarta também ouvir João Vaccari Neto, que manteve contatos telefônicos com Lacerda e outros petistas investigados por envolvimento na operação. Os depoimentos dos três primeiros devem ser marcados para daqui a duas semanas.
A PF está convencida de que Lacerda levou o dinheiro do dossiê para os emissários petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha no hotel Ibis, em São Paulo, onde foram presos com R$ 1,75 milhão, no dia 15 de setembro.
Curado suspeita que Baccarin e Frateschi, tesoureiro e coordenador-geral da campanha de Mercadante, respectivamente, possam ter participado da operação para levantar os recursos necessários para a compra do material preparado por Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia das ambulâncias, contra políticos do PSDB. A PF acredita que pelo menos parte do dinheiro do dossiê saiu do caixa dois do PT paulista.
Tesoureiro
O tesoureiro do PT em São Paulo, Antônio dos Santos, e Oswaldo Bargas também deverão ser ouvidos. Bargas, integrante do núcleo de inteligência da campanha do presidente Lula, participou ativamente da negociação do dossiê, tendo ido a Cuiabá tratar diretamente com a família Vedoin.
Presidente da Bancoop (cooperativa habitacional dos bancários), Vaccari é o mais novo alvo da PF no caso. Segundo suplente de Mercadante e homem de confiança do presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, ele trocou ligações com Bargas, Jorge Lorenzetti (apontado pela PF como o articulador da tentativa de compra do dossiê) e Freud Godoy, ex-assessor especial de Lula, apontado inicialmente por Gedimar como a pessoa no PT que havia autorizado o pagamento pelo material contra tucanos.
Além disso, Vaccari recebeu uma ligação de Lacerda no dia 13 de setembro, uma hora antes da entrega do dinheiro a Gedimar e Valdebran no hotel, de acordo com a PF. Vaccari representaria Berzoini na operação junto aos petistas paulistas. O delegado Curado confirmou à CPI dos Sanguessugas que comparecerá à audiência marcada para a quarta-feira da semana que vem. Entre outros assuntos, os parlamentares querem esclarecer denúncias feitas por Gedimar de que foi torturado pela PF. A PF nega.
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