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04/12/2006 - 19h28

Justiça Federal prorroga inquérito sobre o dossiegate em 20 dias

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da Folha Online

A Justiça Federal de Mato Grosso decidiu nesta segunda-feira prorrogar em mais 20 dias o inquérito sobre o episódio dossiê, atendendo parcialmente a um pedido feito pela Polícia Federal na semana passada, que já havia recebido um parecer favorável do MPF (Ministério Público Federal).

A decisão foi assinada pelo juiz federal Jeferson Schneider, da 2ª Vara de Mato Grosso, que também concedeu à PF mais 20 dias para investigar o suposto envolvimento do empresário Abel Pereira com a máfia das ambulâncias.

O pedido de prorrogação do inquérito foi feito no início da semana passada pelo delegado da PF Diógenes Curado, responsável pela investigação. Ele queria mais 30 dias para concluir a investigação.

A PF já pediu duas prorrogações, desde o início do caso do dossiê em 15 de setembro, quando apreendeu no hotel Ibis em São Paulo R$ 1,168 milhão e US$ 248,8 mil que seriam usados para pagar Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas, pelo dossiê contra tucanos.

No relatório parcial, Curado informa que quer ouvir ainda o presidente do diretório paulista PT, Paulo Frateschi, além dos tesoureiros do partido no Estado e da campanha de Aloizio Mercadante ao governo, Antonio dos Santos e José Giácomo Baccarin, respectivamente.

No relatório, a PF indicia o advogado Gedimar Pereira Passos por supressão de documentos. Policial federal aposentado, Gedimar trabalhava na campanha de reeleição do presidente Lula.

A PF também indicia os donos da casa de câmbio Vicatur, Fernando Ribas e Sirlei Chaves. Parte do dinheiro que seria usado para a compra do dossiê teria saído da casa de câmbio do Rio de Janeiro, que utilizou laranjas para esconder a identidade dos compradores dos dólares. A PF apreendeu U$ 248 mil com petistas --parte do R$ 1,7 milhão--, que seria usado na operação.

O relatório informa ainda que há indícios de que Ricardo Berzoini, presidente licenciado do PT, sabia do esquema, mas sustenta que as provas não são suficientes para incriminá-lo, por isso as investigações contra ele não serão encaminhadas agora ao STF (Supremo Tribunal Federal). Como tem foro privilegiado por ser deputado, um processo contra Berzoini teria que correr no STF.

O delegado informou que pediu um prazo de mais 30 dias para o inquérito pela necessidade de ouvir os tesoureiros do PT e da campanha de Mercadante. E informa que ainda não descobriu a origem do dinheiro, embora os crimes dos envolvidos já estejam listados.

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