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05/12/2006 - 15h58

Bancada do PT na Câmara quer descolar imagem de Chinaglia de Dirceu

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

A bancada do PT na Câmara tenta descolar a imagem do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) do ex-ministro José Dirceu, para evitar que isso prejudique sua candidatura à Presidência da Casa.

Chinaglia tem o apoio do ex-ministro e do grupo ligado a ele na bancada petista. A aposta dos 'dirceusistas' é que a eleição do petista poderia ajudar nas pretensões de Dirceu de conseguir uma anistia do Congresso para retomar os seus direitos políticos.

Para a vice-presidente do PT, deputada Maria do Rosário (RS), tentar vincular Chinaglia a Dirceu é querer diminuir sua candidatura ao comando da Câmara. "Ele [Chinaglia] tem o apoio da bancada como um todo. É uma redução esta, não há qualquer vínculo do Chinaglia com o ex-ministro José Dirceu, que tão pouco participa da nossa bancada", afirmou, embora tenha ressaltado que a bancada "não tem preconceito" contra o ex-ministro.

Petistas ligados à corrente independente do partido afirmam, no entanto, que apoiar Chinaglia seria o mesmo que respaldar todos os problemas que o campo majoritário causou ao partido nos últimos anos.

"Nós defendemos uma discussão mais aprimorada [da candidatura], sem pressa. A eleição é só em 1º de fevereiro. Há espaço para dirimir as dúvidas", disse Paulo Rubem Santiago (PE).

José Dirceu teve o mandato cassado no ano passado acusado de envolvimento com o escândalo do mensalão. A Procuradoria Geral da República apontou o ex-ministro como o "chefe da quadrilha" que comandava o esquema de pagamento de parlamentares em troca de apoio ao governo no Congresso.

Em entrevista à Folha, o ex-ministro disse que, se a Justiça o absolver, espera ter os direitos políticos --cassados por oito anos-- resgatados.

Polêmicos

A decisão sobre a candidatura de Chinaglia à Presidência da Câmara será tomada nesta terça-feira em reunião da bancada do PT na Casa.

Do encontro, participam os deputados do partido, incluindo petistas que se envolveram em escândalos, como Paulo Rocha (PT-PA), que renunciou ao mandato para escapar da cassação no processo do mensalão, Ângela Guadagnin (PT-SP), que dançou no plenário para comemorar a absolvição de um colega envolvido no esquema, além dos deputados Professor Luizinho (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP), ambos também processados no episódio.

O presidente licenciado do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), também participa da reunião. Os petistas não reservaram lugar para ele na mesa, o que fez com que o deputado se sentasse numa das últimas filas do plenário onde ocorre a reunião, em meio aos demais colegas.

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