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06/12/2006
-
12h16
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, Raul Jungmann (MD-PE), disse que a versão apresentada à comissão pelos "aloprados" sobre a compra do dossiê antitucano foi parcialmente desmontada na manhã desta quarta-feira com o depoimento do delegado Diógenes Curado à CPI.
Segundo Jungmann, o ex-coordenador de comunicação da campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo paulista, Hamilton Lacerda, usou um celular "frio" --em nome de Ana Paula Cardoso Vieira-- durante a negociação do dossiê contra o PSDB, como publicado hoje em reportagem da Folha de S.Paulo.
"Ao que tudo indica, ele clonou o celular, mas ele nega. O Hamilton estava no hotel Ibis para negociar a compra do dossiê no mesmo horário e ao mesmo tempo em que o celular da Ana Paula era usado. Portanto, cai a versão dele de que não usou telefone clonado na operação. É a primeira brecha do dique, da armação e do cinismo nessa história", afirmou Jungmann.
O deputado disse acreditar que a versão apresentada por todos os envolvidos na compra do dossiê antitucano foi arquitetada em conjunto para isentá-los de envolvimento no episódio. "Rui por terra o que já sabíamos se tratar de uma armação", afirmou. Todos os acusados de envolvimento na compra do dossiê antitucano --Gedimar Passos, Valdebran Padilha, Expedito Veloso e Jorge Lorenzetti-- admitiram à CPI as negociações para a compra do dossiê, mas negaram saber a origem do dinheiro usado na negociação.
Acusações
Jungmann voltou a acusar o delegado Curado de obstruir os trabalhos da CPI ao omitir documentos essenciais à investigação. O vice-presidente da comissão disse que não teve acesso a 33 CDs que estão em posse da Polícia Federal de Mato Grosso com informações sobre o dossiegate. "Vivemos uma situação de obstrução", criticou.
O deputado ingressou na última quinta-feira com mandado de segurança no TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª região cobrando o acesso da CPI a todos os registros do hotel Ibis no dia da compra do dossiê. "Não nos restou outra alternativa a não ser entrar com o mandado", disse.
Jungmann afirmou ter dito ao próprio delegado Curado, que presta depoimento a portas fechadas na CPI na manhã de hoje, sobre as obstruções aos trabalhos da comissão. "Eu coloquei isso a ele, mas ele disse que não está havendo obstrução", afirmou.
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Jungmann diz que delegado desmontou versão de "aloprados"
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da Folha Online, em Brasília
O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, Raul Jungmann (MD-PE), disse que a versão apresentada à comissão pelos "aloprados" sobre a compra do dossiê antitucano foi parcialmente desmontada na manhã desta quarta-feira com o depoimento do delegado Diógenes Curado à CPI.
Segundo Jungmann, o ex-coordenador de comunicação da campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo paulista, Hamilton Lacerda, usou um celular "frio" --em nome de Ana Paula Cardoso Vieira-- durante a negociação do dossiê contra o PSDB, como publicado hoje em reportagem da Folha de S.Paulo.
"Ao que tudo indica, ele clonou o celular, mas ele nega. O Hamilton estava no hotel Ibis para negociar a compra do dossiê no mesmo horário e ao mesmo tempo em que o celular da Ana Paula era usado. Portanto, cai a versão dele de que não usou telefone clonado na operação. É a primeira brecha do dique, da armação e do cinismo nessa história", afirmou Jungmann.
O deputado disse acreditar que a versão apresentada por todos os envolvidos na compra do dossiê antitucano foi arquitetada em conjunto para isentá-los de envolvimento no episódio. "Rui por terra o que já sabíamos se tratar de uma armação", afirmou. Todos os acusados de envolvimento na compra do dossiê antitucano --Gedimar Passos, Valdebran Padilha, Expedito Veloso e Jorge Lorenzetti-- admitiram à CPI as negociações para a compra do dossiê, mas negaram saber a origem do dinheiro usado na negociação.
Acusações
Jungmann voltou a acusar o delegado Curado de obstruir os trabalhos da CPI ao omitir documentos essenciais à investigação. O vice-presidente da comissão disse que não teve acesso a 33 CDs que estão em posse da Polícia Federal de Mato Grosso com informações sobre o dossiegate. "Vivemos uma situação de obstrução", criticou.
O deputado ingressou na última quinta-feira com mandado de segurança no TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª região cobrando o acesso da CPI a todos os registros do hotel Ibis no dia da compra do dossiê. "Não nos restou outra alternativa a não ser entrar com o mandado", disse.
Jungmann afirmou ter dito ao próprio delegado Curado, que presta depoimento a portas fechadas na CPI na manhã de hoje, sobre as obstruções aos trabalhos da comissão. "Eu coloquei isso a ele, mas ele disse que não está havendo obstrução", afirmou.
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