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07/12/2006
-
09h36
RUBENS VALENTE
CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo
A PRE (Procuradoria Regional Eleitoral) de São Paulo pediu a rejeição das contas de campanha de 96 deputados federais e estaduais eleitos pelo Estado de São Paulo, de um total de 139 já analisadas.
Os pedidos atingiram candidatos dos principais partidos. Os processos devem ser julgados pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) até o dia 11. Em 18 casos, o Ministério Público apontou recebimento de doações de empresas concessionárias de serviços públicos.
O deputado Arlindo Chignalia (PT) recebeu R$ 41 mil da Cavo Serviços e Meio Ambiente Ltda., que detém, segundo o procurador regional eleitoral Mario Bonsaglia, 30,8% da empresa Loga Logística Ambiental de São Paulo, contratada pela prefeitura paulistana para limpeza de ruas e coleta de lixo.
O ex-ministro Antonio Palocci (PT) recebeu R$ 100 mil da Vega Engenharia Ambiental, que, segundo o TRE, é controladora da Loga Logística.
Lembrando que sofreu um acidente de carro durante a campanha, Chignalia afirmou ontem que "estava de cama e os contratos foram feitos pela coordenação da campanha", segundo "orientação da assessoria jurídica do PT". "Só soube disso ontem. Peço que, por favor, procure o PT", recomendou ele, ressaltando que outros deputados eleitos enfrentaram o mesmo problema.
Vicente Paulo da Silva (PT), o Vicentinho, foi um deles. Também beneficiário de doação da Cavo, disse que o PT indicou candidatos aos quais a empresa destinaria recursos. "Nem conheço essa empresa. Foi o PT que indicou. De qualquer forma, agradeço muito a ajuda."
Afirmando não ter acompanhado de perto o processo de arrecadação, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, afirmou ter a impressão de que negociara doações da Vale. Mas disse que buscaria detalhes.
O deputado Walter Feldman (PSDB) disse que orientou sua assessoria a atuar com transparência. "Não há omissão na minha prestação de contas. Estou absolutamente tranqüilo."
Advogada de Paulo Maluf (PP), Patrícia Rios considerou "bisonha" a avaliação dos técnicos do TRE, que pediram a rejeição da conta por omissão dos gastos de pessoal. Pela análise do TRE, dez pessoas não seriam suficientes para distribuir 210 mil folhetos. A advogada disse que os folhetos eram deixados nos diretórios do partido.
Até ontem, três contas haviam sido rejeitadas pelo TRE, a do deputado federal eleito Roberto Santiago Gomes (PV) e as dos deputados estaduais eleitos Alex Spinelli Manente (PPS) e José Antônio Bruno, o Bispo Zé Bruno (coligação PSDB/PFL).
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Procuradoria Eleitoral pede a rejeição de contas de 96 deputados de São Paulo
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CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo
A PRE (Procuradoria Regional Eleitoral) de São Paulo pediu a rejeição das contas de campanha de 96 deputados federais e estaduais eleitos pelo Estado de São Paulo, de um total de 139 já analisadas.
Os pedidos atingiram candidatos dos principais partidos. Os processos devem ser julgados pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) até o dia 11. Em 18 casos, o Ministério Público apontou recebimento de doações de empresas concessionárias de serviços públicos.
O deputado Arlindo Chignalia (PT) recebeu R$ 41 mil da Cavo Serviços e Meio Ambiente Ltda., que detém, segundo o procurador regional eleitoral Mario Bonsaglia, 30,8% da empresa Loga Logística Ambiental de São Paulo, contratada pela prefeitura paulistana para limpeza de ruas e coleta de lixo.
O ex-ministro Antonio Palocci (PT) recebeu R$ 100 mil da Vega Engenharia Ambiental, que, segundo o TRE, é controladora da Loga Logística.
Lembrando que sofreu um acidente de carro durante a campanha, Chignalia afirmou ontem que "estava de cama e os contratos foram feitos pela coordenação da campanha", segundo "orientação da assessoria jurídica do PT". "Só soube disso ontem. Peço que, por favor, procure o PT", recomendou ele, ressaltando que outros deputados eleitos enfrentaram o mesmo problema.
Vicente Paulo da Silva (PT), o Vicentinho, foi um deles. Também beneficiário de doação da Cavo, disse que o PT indicou candidatos aos quais a empresa destinaria recursos. "Nem conheço essa empresa. Foi o PT que indicou. De qualquer forma, agradeço muito a ajuda."
Afirmando não ter acompanhado de perto o processo de arrecadação, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, afirmou ter a impressão de que negociara doações da Vale. Mas disse que buscaria detalhes.
O deputado Walter Feldman (PSDB) disse que orientou sua assessoria a atuar com transparência. "Não há omissão na minha prestação de contas. Estou absolutamente tranqüilo."
Advogada de Paulo Maluf (PP), Patrícia Rios considerou "bisonha" a avaliação dos técnicos do TRE, que pediram a rejeição da conta por omissão dos gastos de pessoal. Pela análise do TRE, dez pessoas não seriam suficientes para distribuir 210 mil folhetos. A advogada disse que os folhetos eram deixados nos diretórios do partido.
Até ontem, três contas haviam sido rejeitadas pelo TRE, a do deputado federal eleito Roberto Santiago Gomes (PV) e as dos deputados estaduais eleitos Alex Spinelli Manente (PPS) e José Antônio Bruno, o Bispo Zé Bruno (coligação PSDB/PFL).
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