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11/12/2006
-
09h45
RANIER BRAGON
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A quatro dias da provável apresentação do relatório final da CPI dos Sanguessugas, o sub-relator da comissão para o caso do dossiê antitucano, deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), afirmou ontem que deve sugerir o indiciamento de apenas três envolvidos no caso: Gedimar Passos e Valdebran Padilha, presos com R$ 1,7 milhão em um hotel de São Paulo, e Hamilton Lacerda, que teria transportado o dinheiro.
Segundo Gabeira, a CPI só conseguiu reunir provas inquestionáveis de participação em ato criminoso contra os três. "Para efeito de indiciamento, é preciso prova, e isso só há de forma contundente contra os que foram pegos com a mão na massa", afirmou.
Em relação a outros citados, como Osvaldo Bargas, Expedito Veloso e Jorge Lorenzetti, todos ex-integrantes da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gabeira diz estar caracterizada a participação deles no episódio, mas não há provas que os ligue ao dinheiro.
Como a negociação de dossiê não é crime, mesmo que envolva dinheiro de origem lícita, o R$ 1,7 milhão apreendido é justamente a chave para atribuição de crime eleitoral e contra o sistema financeiro, já que a principal suspeita é de que sua origem seja ilícita, proveniente de caixa dois eleitoral.
Nem PF nem CPI conseguiram ainda desvendar de onde veio o dinheiro. Integrantes da comissão afirmam que isso dificilmente ocorrerá neste ano.
Relatório parcial da PF aponta Jorge Lorenzetti, então coordenador de inteligência da campanha de Lula, como o articulador da negociação.
Gabeira afirmou que, embora não tenha reunido elementos para vinculá-lo ao cometimento de crime, tem convicção de que Lorenzetti participou da negociação. "Essa história de que ele não sabia de dinheiro não cola. Seria como um juiz que passou o jogo todo sem ver a bola", afirmou o deputado.
Se aprovada pela CPI, a sugestão de indiciamento vai ao Ministério Público, que decide se oferece denúncia.
Gabeira deve apontar como provável origem do dinheiro o caixa dois das campanhas de Lula e de Aloizio Mercadante. "Devo afirmar que os indícios mais fortes são nessa direção." Pode haver menções a Lula, Mercadante e Ricardo Berzoini, então coordenador a campanha de Lula, mas sem vinculá-los diretamente ao esquema. O texto de Gabeira será encaminhado ao relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO).
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
A quatro dias da provável apresentação do relatório final da CPI dos Sanguessugas, o sub-relator da comissão para o caso do dossiê antitucano, deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), afirmou ontem que deve sugerir o indiciamento de apenas três envolvidos no caso: Gedimar Passos e Valdebran Padilha, presos com R$ 1,7 milhão em um hotel de São Paulo, e Hamilton Lacerda, que teria transportado o dinheiro.
Segundo Gabeira, a CPI só conseguiu reunir provas inquestionáveis de participação em ato criminoso contra os três. "Para efeito de indiciamento, é preciso prova, e isso só há de forma contundente contra os que foram pegos com a mão na massa", afirmou.
Em relação a outros citados, como Osvaldo Bargas, Expedito Veloso e Jorge Lorenzetti, todos ex-integrantes da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gabeira diz estar caracterizada a participação deles no episódio, mas não há provas que os ligue ao dinheiro.
Como a negociação de dossiê não é crime, mesmo que envolva dinheiro de origem lícita, o R$ 1,7 milhão apreendido é justamente a chave para atribuição de crime eleitoral e contra o sistema financeiro, já que a principal suspeita é de que sua origem seja ilícita, proveniente de caixa dois eleitoral.
Nem PF nem CPI conseguiram ainda desvendar de onde veio o dinheiro. Integrantes da comissão afirmam que isso dificilmente ocorrerá neste ano.
Relatório parcial da PF aponta Jorge Lorenzetti, então coordenador de inteligência da campanha de Lula, como o articulador da negociação.
Gabeira afirmou que, embora não tenha reunido elementos para vinculá-lo ao cometimento de crime, tem convicção de que Lorenzetti participou da negociação. "Essa história de que ele não sabia de dinheiro não cola. Seria como um juiz que passou o jogo todo sem ver a bola", afirmou o deputado.
Se aprovada pela CPI, a sugestão de indiciamento vai ao Ministério Público, que decide se oferece denúncia.
Gabeira deve apontar como provável origem do dinheiro o caixa dois das campanhas de Lula e de Aloizio Mercadante. "Devo afirmar que os indícios mais fortes são nessa direção." Pode haver menções a Lula, Mercadante e Ricardo Berzoini, então coordenador a campanha de Lula, mas sem vinculá-los diretamente ao esquema. O texto de Gabeira será encaminhado ao relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO).
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